Lei que desobriga emissão do Certificado de Habita-se é preocupante, alerta especialista

“A aprovação e registro dos conjuntos habitacionais que compõem a Reurb ficam dispensadas a apresentação do Habite-se e, no caso de Reurb-S, as respectivas certidões negativas de tributos e contribuições previdenciárias”

Entre tantas mudanças decorrentes da Lei 13.465/17, surge uma situação que pode ter efeito devastador e ser uma ameaça à segurança, sobretudo nos conjuntos habitacionais informais. A partir de agora, o poder público municipal e do Distrito Federal (DF) estão dispensados de emitir o Certificado do Habite-se para  os Conjuntos Habitacionais informais. É o que prevê o Art. 60 da Lei, que especifica que para  “a aprovação e registro dos conjuntos habitacionais que compõem a Reurb ficam dispensadas a apresentação do Habite-se e, no caso de Reurb-S, as respectivas certidões negativas de tributos e contribuições previdenciárias”.

Para o advogado Caio Cesar Mota,  membro da Diretoria Executiva da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB/GO, explicou durante entrevista ao jornal Diário do Estado, que o ato traz grande preocupação, vez que o Certificado do Habite-se era a garantia de que a edificação representava segurança às famílias que nela habitassem. A situação atual poderá mudar o que diz respeito ao dever de reparar por parte do Poder Público que indevidamente regularizou alguns desses conjuntos, bem como vir a lei atender interesses outros em detrimento dos interesses coletivos. O especialista ainda reforça que setores interessados não participaram das discussões quando da edição da lei e acredita que a mesma pode privilegiar determinados grupos.

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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