MPSP pede prisão preventiva da “viúva do PCC” por extorsão e lavagem de dinheiro – Entenda o caso em São Paulo

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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) solicitou a prisão preventiva de Danielle Bezerra dos Santos, conhecida como a “viúva do PCC”, que é companheira do policial civil Rogerinho, atualmente preso. O casal foi indiciado por extorsões reveladas por Vinícius Gritzbach, um falecido delator. Os promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP tomaram essa medida em meio às acusações envolvendo Rogerinho, que também é acusado de crimes como peculato, corrupção, associação criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro.

Rogerinho, segundo a Polícia Federal (PF), além de estar envolvido em desvios de relógios apreendidos com o delator Gritzbach, possui um patrimônio milionário, incluindo um condomínio de casas no litoral sul de São Paulo e participação em uma empreiteira. Sua vida de ostentação nas redes sociais chamou a atenção das autoridades. No caso de Gritzbach, Rogerinho foi apontado, juntamente com outros policiais, por desviar os relógios apreendidos com o delator durante uma investigação sobre o homicídio do traficante Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta.

Ao indiciar os policiais pela extorsão a Gritzbach, a PF identificou Rogerinho utilizando um dos relógios apreendidos em uma foto publicada nas redes sociais. Além disso, mensagens revelaram uma tentativa de devolver os itens de luxo para evitar investigações da Corregedoria da Polícia Civil. A relação de Rogerinho com Danielle Bezerra dos Santos também está sob escrutínio, já que a viúva do ex-gerente do PCC Felipe Geremias dos Santos, conhecido como Alemão, foi apontada como cúmplice nas atividades ilícitas, incluindo a cobrança de dívidas envolvendo seu ex-marido.

A prisão preventiva de Danielle é justificada pelos promotores como necessária para evitar a continuidade de sua atuação junto à organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Além disso, visa interromper possíveis atos de lavagem de capitais, considerados parte do seu modo de vida. A relação de Danielle com integrantes de alto escalão do PCC, evidenciada pelas mensagens extraídas de seu celular, reforça a necessidade de sua detenção por tempo indeterminado.

A PF também revelou mensagens que indicam que Rogerinho teria auxiliado Danielle a movimentar dinheiro de seu pai, que estava foragido por homicídio. A investigação apontou que o casal utiliza uma empresa em nome de um terceiro, anteriormente operada pelo ex de Danielle, para operações financeiras suspeitas. A participação de Danielle na distribuição de recursos ligados a atividades ilícitas do crime organizado no Estado de São Paulo foi confirmada pela PF.

Até o momento, as defesas de Danielle e Rogerinho não foram localizadas. O Metrópoles segue acompanhando o desenrolar desse caso e permanece aberto para comentários e posicionamentos. Siga nossas atualizações sobre São Paulo e denuncie informações relacionadas à cidade por meio do WhatsApp do Metrópoles SP. Mantenha-se informado sobre os desdobramentos desse caso e demais acontecimentos.

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