Denúncia do Ministério Público pede mais de mil anos de prisão para membros de grupo
especializado em fraudes fiscais e lavagem de bens
Segundo o Ministério Público alagoano, os criminosos que organizaram o esquema no interior de São Paulo
abriam empresas no estado de Alagoas e usavam para emitir notas fiscais falsas.
A denúncia foi feita nesta quarta-feira (26). A empresa tinha sede em Sorocaba (SP).
O trabalho de várias instituições contribuiu para a denúncia do Ministério
Público de Alagoas sobre a organização criminosa que atuava no interior de São
Paulo. O Ministério Público de Alagoas denunciou, nesta quarta-feira (26), os
membros de uma organização criminosa especializada em fraudes e lavagem de bens que tinha sede em Sorocaba (SP) e atuava
em várias cidades do estado, pedindo uma pena de mais de mil anos para os
denunciados.
A denúncia foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação
Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) à 17ª Vara Criminal de Maceió, dedicada ao
combate ao crime organizado. Durante a investigação, foi apontado que a organização criminosa suspeita de
emissão de mais de 3 mil notas fiscais falsas e especializada em fraudes fiscais e lavagem de bens nos setores químico
e de plástico tinha sede em Sorocaba (SP), segundo o Ministério Público de
Alagoas.
No total, o Gaesf pediu uma pena de 1.043 anos e sete meses de reclusão aos
denunciados, variando entre sete anos e seis meses
até 58 anos e seis meses. A penalidade maior foi pedida para o líder do grupo. Não foram informados os nomes dos 35 denunciados.
Os membros eram especializados em emissão de notas fiscais falsas que
representam operações inexistentes no plano real de vendas de mercadorias. Eles são acusados de criar 21 empresas de fachada para facilitar a
prática de fraudes fiscais por parte de outras 18 empresas.
Durante a investigação, constatou-se que a organização criminosa suspeita de
emissão de mais de 3 mil notas fiscais falsas e especializada em fraudes fiscais e lavagem de bens nos setores químico
e de plástico tinha sede em Sorocaba (SP), segundo o Ministério Público de
Alagoas. O prejuízo causado aos cofres públicos chega a R$ 150 milhões.
A ação faz parte da Operação Argus, que investiga desde 2021 uma organização
criminosa suspeita de emitir mais de 3 mil notas fiscais falsas a partir de empresas de fachada em Alagoas. Os ministérios públicos investigaram 30 pessoas físicas
e 42 empresas em todo país.