Ex-diretor da PRF vira réu em tentativa de golpe: entenda o caso de Silvinei Vasques em Santa Catarina

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Por que o ex-diretor da PRF e atual secretário de município de Santa Catarina virou réu em uma tentativa de golpe? O caso envolve Silvinei Vasques, que era diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e agora comanda a pasta de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José, na Grande Florianópolis. Ele se tornou réu no processo de tentativa de golpe de Estado, sendo acusado de realizar blitz para interferir na movimentação de eleitores no 2º turno das eleições de 2022.

Silvinei Vasques foi preso em 2023 e solto em agosto do ano passado sob medida cautelar, e desde então assumiu o cargo na prefeitura. A acusação de prejudicar o deslocamento de eleitores no dia da eleição levou à sua prisão e posterior denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apontou que ele teria participado de reuniões para definir o policiamento durante as eleições e teria atuado para que a PRF “escolhesse um lado” na disputa.

O Supremo afirmou que no dia do segundo turno das eleições, a PRF realizou blitzes que interferiram na movimentação de eleitores, principalmente na região Nordeste, onde o candidato Lula (PT) liderava as pesquisas. Mesmo com a ordem de suspensão das blitzes dada por Moraes, a PRF desrespeitou a determinação. Silvinei, que era diretor na época, recebeu aposentadoria voluntária integral em dezembro de 2022, após 27 anos de atuação na PRF.

A denúncia contra Silvinei Vasques foi aceita por unanimidade na Primeira Turma do STF, junto com outros réus ligados ao núcleo 2 acusado de tramar o golpe. Eles respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, envolvimento em organização criminosa armada e dano qualificado contra o patrimônio da União. A defesa do ex-diretor alega que a acusação se baseia em uma falácia e que buscará a absolvição de seu cliente.

O processo seguirá para uma fase de instrução processual, na qual serão recolhidas provas e depoimentos. Caso seja aberta uma ação penal, o grupo responderá perante o Supremo Tribunal Federal, onde os ministros decidirão sobre a culpa ou inocência dos envolvidos. Se condenados, as penas serão fixadas individualmente, levando em consideração a participação de cada um nas ações ilegais.

Apesar das acusações e da denúncia aceita pelo STF, a defesa de Silvinei Vasques mantém a confiança na absolvição do réu, argumentando que a suposta interferência nas eleições teve apenas o intuito de veicular propaganda eleitoral indireta no dia do pleito. O desenrolar do processo caberá aos ministros da Turma, com possibilidade de recursos e novos julgamentos no decorrer do caso. A situação segue em andamento e novos desdobramentos são esperados.

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