A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre fraudes nos benefícios sociais no Maranhão, especificamente relacionadas ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, conhecido como CadÚnico. Nesta quinta-feira (24), foi deflagrada a ‘Operação Mortos Vivos’, que tem como alvo um esquema criminoso que estaria cadastrando pessoas, inclusive falecidas, no sistema para receber benefícios como o Bolsa Família, Auxílio Brasil e Auxílio Gás.
O esquema fraudulento envolveria servidores públicos municipais de São Luís e São José de Ribamar, que estariam cadastrando no CadÚnico pessoas residentes no Pará, sendo que algumas delas já teriam falecido. Dessa forma, a polícia descobriu que parte do grupo criminoso estava recebendo os benefícios sociais em nome dos mortos, causando prejuízos aos cofres públicos.
Diante das descobertas, a Polícia Federal solicitou autorização judicial para a realização de cinco mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e três medidas cautelares de afastamento das funções públicas. Os policiais federais estão cumprindo os mandados nesta quinta-feira, mas os locais não foram divulgados para não prejudicar as investigações em andamento.
Os envolvidos no esquema poderão responder por diversos crimes, como estelionato majorado, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa. As investigações ainda estão em andamento, e a polícia trabalha para identificar todos os responsáveis por essa fraude nos benefícios sociais destinados à população mais vulnerável do Maranhão.
Uma informação relevante é que 40,1% dos beneficiários do Maranhão recebem o Bolsa Família há mais de dez anos, o que demonstra a importância desse programa social no estado. A ‘Operação Mortos Vivos’ reforça a necessidade de investigações rigorosas para coibir fraudes e garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma transparente e correta, beneficiando quem realmente precisa. O CadÚnico é uma ferramenta essencial para a inclusão social e o combate à pobreza, e sua utilização indevida deve ser combatida com rigor pelas autoridades competentes.
