Casal de MG desviava dinheiro para mudar-se para Portugal: prisão decretada

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Casal suspeito de desviar dinheiro de empresas de MG planejava se mudar para Portugal

Investigação apontou que suspeitos, que são de Pouso Alegre, estavam se desfazendo de bens. Justiça determinou prisão preventiva e bloqueio e indisponibilidade de R$ 595 mil.

O Diário do Estado determinou que o casal suspeito de desviar quase R$ 600 mil de empresas do ramo alimentício de Pouso Alegre, no Sul de Minas, fosse preso porque planejava se mudar para Portugal.

Investigações apontam que Wellita Maria Rodrigues Fortes Carvalho, de 37 anos, e o marido, Tulio Ness dos Santos Carvalho, de 36, podem ter desviado o dinheiro de três empresas do mesmo grupo por meio de pagamento de boletos falsos. Foram mapeadas 695 transações ilegais.

A decisão judicial que autorizou a prisão do casal aponta que “há notícia de que ambos os investigados estão se desfazendo de bens e planejando mudança de cidade, demonstrando intenção de frustrar a aplicação da lei penal”.

Além da prisão preventiva, a Justiça determinou busca e apreensão, análise de aparelhos celulares, quebra do sigilo bancário, bloqueio e indisponibilidade de valores até o limite de R$ 595.067,04.

Durante o cumprimento dos mandados de busca, a polícia solicitou os passaportes do casal. Segundo a delegada responsável pelo caso, Laís Veiga Caetano Pires, os dois informaram que os documentos estavam no consulado de Portugal, pois estavam solicitando visto de residência no país.

De acordo com a Polícia Civil as prisões foram cumpridas na terça-feira (22). A mulher foi presa na cidade de Itajubá e levada para o presídio de Santa Rita do Sapucaí e o homem, preso em Pouso Alegre e levado para o presídio da cidade.

De acordo com a polícia, Wellita já havia sido denunciada por ter cometido crime semelhante em outra empresa que havia trabalhado, onde teria retirado R$ 114 mil.

A defesa do casal informou em nota que trabalha para que o casal responda o inquérito e eventual ação penal em liberdade e destaca que os investigados defendem veementemente sua inocência.

Viagens internacionais de Wellita fizeram a empresa desconfiar da sua conduta. A mulher, que trabalhava no setor administrativo, tinha um salário de R$ 3 mil, incompatível com o estilo de vida que ela exibia nas redes.

A empresa apurou que entre fevereiro a dezembro de 2024 foram 695 transações não autorizadas. Ela retirava o dinheiro por meio de boletos falsos a serem compensados em contas do marido e familiares. Os valores variavam de R$ 4,8 mil a R$ 32 mil.

“Com relação ao marido, estes boletos são de número bastante vultuoso. Então ele entrou nessa investigação como coautor. Já com relação à mãe e à irmã, nós não temos ainda indícios de que elas tinham conhecimento de que esse valor que elas receberam seria ilícito”, explicou a delegada.

A defesa do casal refutou a participação de familiares nos fatos apurados e diz que a informação é equivocada.

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