Corinthians poderia ter evitado saída de Kauê Furquim? Lei precisa mudar? Especialistas opinam
Recentemente, o Clube não notificou a Federação Paulista, o que levantou questões sobre a aplicação do direito de preferência. Segundo um advogado especializado, essa preferência é de difícil aplicação devido a certas nuances da legislação brasileira. A Voz do Setorista, Bruno Cassucci, explica a saída de Kauê Furquim do Corinthians para o Bahia.
O caso envolvendo a saída do talentoso atacante de apenas 16 anos para o Bahia colocou em discussão a conduta do Corinthians. O Bahia pagou a multa rescisória de R$ 14 milhões, o que gerou revolta na diretoria do Timão, que promete recorrer à CBF e à Fifa contra a transação.
No centro do debate também está a atuação das chamadas MOCs, entidades que controlam clubes em diferentes países, como o Grupo City, acionista majoritário do Bahia. Para esclarecer o assunto, o ge consultou especialistas em direito esportivo.
O Corinthians foi acusado de não negociar a saída de Kauê Furquim com o Bahia e enfrenta alegações de aliciamento por parte do clube baiano e do City Football Group. Especialistas explicam que o aliciamento é considerado antiético e ilegal, havendo margem para diferentes interpretações da legislação vigente.
O Clube critica a atual legislação brasileira de 2011, que estabelece duas multas rescisórias para transferências internacionais e nacionais. Um advogado renomado pondera que essa legislação pode ser uma estratégia criada pelos MOCs para beneficiar clubes estrangeiros. Além disso, as regras da FIFA também influenciam nas transferências de atletas menores de 18 anos.
Diante desse cenário complexo, o Corinthians poderia ter adotado medidas preventivas, como notificar a Federação Paulista, mas, segundo especialistas, essa ação pode não ser eficaz em casos envolvendo clubes financiados por grupos internacionais. A discussão em torno desse episódio envolvendo Kauê Furquim destaca a necessidade de possíveis mudanças na legislação brasileira para proteger os clubes formadores e garantir a ética no futebol.