Urgente: MP pediu prisão de Padre Robson

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pediu a prisão do padre Robson de Oliveira Pereira, reitor do Santuário Basílica de Trindade, no âmbito do processo que apura irregularidades na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), da qual é presidente. No entanto, a Justiça negou a solicitação.

O corpo jurídico da Afipe informou que “não foi pego de surpresa” com a operação e que, no passado, “se colocou à disposição do Ministério Público”. Salientou ainda que o padre Robson acompanhou toda a operação e que tudo segue em “extremo sigilo”.

A operação “Vendilhões” foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) para investigar diversos crimes, inclusive lavagem de dinheiro que era doado à entidade, principalmente para arcar com os custos da construção do novo Santuário Basílica. Dezesseis mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foi constatado que nos últimos dez anos, a associação movimento em suas contas mais de R$ 2 bilhões.

De acordo com a denúncia do MP, os pagamentos destinados das Afipes aos grupos de empresas e pessoas só nos últimos três anos, giram em torno de R$ 120 milhões.

Em sua justificativa para pedir a detenção, o MP-GO afirmou que a prisão era necessária porque o padre, “há vários anos”, estaria se apropriando de recurso da Afipe, bem como “promovendo a transferência de bens desta para terceiros”. Além da prisão, pleiteou ainda que ele fosse afastado do cargo diretivo da Afipe, bem como proibido de entrar nos imóveis da entidade.

Por fim, ressalva que o padre administra entidades que recebem mais de R$ 20 milhões mensais em doações de todo o Brasil e estaria usando os valores em benefício de terceiros.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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