Padre Robson pede afastamento da Afipe

O padre Robson de Oliveira pediu afastamento de suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A informação foi confirmada pela Arquidiocese de Goiânia e pela defesa do pároco.

O religioso e a Afipe estão sendo investigados pela Operação Vendilhões, deflagrada nesta segunda-feira, 21, por suspeita de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Robson era presidente da associação.

De acordo com a nota, assinada por Dom Washington Cruz e pelo padre André Ricardo de Melo, “a Igreja Católica em Goiânia foi surpreendida com a ação do Poder Judiciário e do Ministério Público do Estado de Goiás, em face da Afipe e do padre Robson de Oliveira Pereira.”, relata nota.

O texto acrescenta que a arquidiocese e a Província dos Missionários Redentoristas de Goiás dizem estar abertas a apurar quaisquer denúncias em desfavor de seus membros. “Para contribuir com a investigação, o Padre Robson de Oliveira Pereira pediu o afastamento de suas funções (…) até que se esclareçam todos os fatos.”, declara.

O padre Robson será substituído pelo provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás, o padre André Ricardo de Melo.

O advogado do Padre Robson, Pedro Paulo de Medeiros, declarou que o religioso pediu o afastamento para contribuir com as investigações. “Além disso, a própria Afipe fará auditorias internas para dar transparência aos fiéis que todo o dia dinheiro doado foi investido na própria associação.”, afirma.

O advogado conclui dizendo que é interesse do padre Robson que a investigação aconteça para demonstrar que não há qualquer irregularidade.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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