Afipe, de Padre Robson, investiu R$ 1,3 milhão em exploração de minérios em Goiás, diz MP

O Ministério Público do Estado de Goiás informou que desde 2013, Pe. Robson de Oliveira teria investido cerca de R$ 1,3 milhão em projetos de exploração de jazidas de ouro e outros minérios em Goiás.

O dinheiro teria sido investido por meio da Afipe, Associação Filhos do Pai Eterno, dirigida pelo Padre Robson em Trindade até o afastamento pedido na última semana, quando eclodiram as denúncias de lavagem de dinheiro.

A Afipe possui nove processos abertos que aguardam a concessão de exploração de ouro e níquel nas terras dos municípios de Iporá, Niquelândia, Campestre de Goiás e Trindade. A associação também teria aberto outros processos de exploração de quartzito, granito e argila junto à Agência Nacional de Mineração.

Um estudo na região é necessário antes que as solicitações de exploração sejam aceitas. Por isso, dos pedidos da Afipe, 12 das 13 solicitações ainda dependem da entrega destes estudos, e nenhum pedido foi liberado para exploração comercial, apesar de que em Iporá o processo já estava na última fase.

A defesa de Pe. Robson argumentou que o regimento interno da Afipe permite investimentos em mineração, e que o sacerdote quer ser ouvido pelo Ministério Público porque é “o maior interessado na verdade”.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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