Após denuncias contra padre Robson, Afipe troca toda diretoria

No controle da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), a nova diretoria da entidade informou segunda-feira (21) que substituiu todos os membros que são investigados na Operação Vendilhões.

Realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) há um mês, a operação apura desvio de R$ 120 milhões doados por fiéis para a compra de casa de praia, fazendas e até um avião. A entidade era presidida pelo padre Robson de Oliveira, que pediu afastamento logo após a denúncia.

O religioso sempre negou qualquer irregularidade na condução da Afipe e das outras associações fundadas por ele para gerir as doações. O padre também está afastado da reitoria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, para colaborar com as investigações.

Além de afastar os investigados, os novos diretores informaram que vão contratar uma empresa independente para auditar todos os atos referentes à gestão anterior. O diálogo com a empresa está em andamento.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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