Trens, ônibus e metrô não circulam no início da manhã em São Paulo

A população de São Paulo amanheceu sem ônibus, trens e sem a quase totalidade de suas linhas de metrô, além de enfrentar diversos pontos de bloqueio nas principais vias da cidade. Apenas um pequeno trecho da malha metroviária paulistana, a Linha 4 Amarela, que liga a Luz, na área central, ao Butantã, na zona oeste, funcionou durante a manhã de hoje. O comércio está aberto.

Milhares de paulistanos se aglomeraram desde a madrugada nos principais terminais da cidade esperando transporte para ir ao trabalho. As linhas de ônibus urbanos ficaram paralisadas e apenas pequenos coletivos faziam percursos curtos dentro dos bairros periféricos. Na zona sul da capital paulista, o terminal do Grajaú estava abarrotado de moradores esperando ônibus.

Na zona leste, milhares de paulistanos, que habitualmente se deslocam em direção ao centro para trabalhar, ficaram na estação Corinthians Itaquera onde os trens do metrô não circularam.

Interdições

Grupos de manifestantes foram distribuídos por vários pontos de São Paulo e interditaram avenidas e ruas. Pneus foram queimados para impedir a circulação de veículos que tentavam se deslocar em direção ao centro.

Policiais da tropa de choque da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros apagaram focos de incêndio causados por pneus colocados no asfalto. O trânsito foi paralisado, entre eles, na Avenida 23 de Maio, uma das principais ligações entre o centro e a zona sul, na Avenida Tiradentes, que une a área central à zona norte, e também na Marginal do Tietê na altura do Terminal Rodoviário, além da Avenida Ipiranga, no centro.

Houve vários confrontos entre policiais e grevistas. A Polícia Militar atirou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a manifestação. Segundo a Polícia Militar, até as 8h, 11 pessoas foram presas por atos de vandalismo durante os protestos.

Os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos funcionaram normalmente e não houve interrupção dos vôos.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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