As autoridades de Minnesota informaram que a policial branca que atirou e matou Daunte Wright, jovem negro de 20 anos, foi presa acusada de homicídio culposo.
De acordo com a policial, confundiu sua pistola com uma arma de eletrochoque, culminando assim na morte do jovem. O fato provocou uma nova onda de protestos nos EUA. A acusação contra a policial Kimberly Potter, de 48 anos, foi apresentada após ela e o seu chefe pedirem demissão do Departamento de Polícia do Brooklyn Center, após pressão do prefeito da cidade. Protestos contra a violência policial foram registrados em várias cidades americanas, entre elas Nova York, Los Angeles, Washington, Kansas City, Omaha, Portland e Seattle. Outras manifestações estão marcadas para Atlanta e Dallas.
Os protestos mais violentos ocorrem em Brooklyn Center, onde os manifestantes exigiam o indiciamento da ex-policial. Membros da Guarda Nacional de Minnesota e soldados da Patrulha Estadual usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que lançaram fogos de artifício e jogaram pedras e garrafas contra a polícia.
Potter, cuja fiança foi estipulada em US$ 100 mil, fará sua primeira aparição no tribunal hoje. “Embora apreciemos o fato de o promotor estar buscando justiça para Daunte, nenhuma condenação pode devolver à família de Wright seu ente querido. Não foi por acaso. Este foi um uso intencional, deliberado e ilegal da força”, disse Ben Crump, advogado da família Wright, em comunicado.
Potter trabalhou como policial por 26 anos. Ela estava acompanhando outros agentes, na tarde de domingo, quando o carro de Wright foi parado durante uma blitz. Autoridades disseram que ele tinha o registro do veículo vencido. Quando os policiais descobriram que Wright tinha um mandado de prisão pendente, e tentaram prendê-lo, ele tentou fugir.