A CPI da Covid começou nesta terça feira (27) em clima tenso de ameaças e ataques. O Planalto disse que vai confrontar o G-7, grupo de sete senadores considerados independentes e de oposição.
O presidente Jair Bolsonaro acabou engrossando o tom contra os adversários e governadores que determinaram medidas de isolamento social. “Está chegando a hora de o Brasil dar um novo grito de independência”, disse ele, ao participar, nesta terça-feira (26/4), da entrega de um trecho de duplicação da BR-101, em Feira de Santana (BA).
A decisão liminar que barrou a possibilidade de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumir a relatoria dos trabalhos marcou uma vitória do Palácio do Planalto e foi tomada no âmbito de uma ação movida pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair Bolsonaro. Renan disse que “não há precedente na história de medida tão esdrúxula” e já recorreu da decisão.
Desde o último dia 16 há um acordo fechado entre sete dos 11 senadores que compõem a comissão para Omar Aziz (PSD-AM) ser presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente e Renan, relator. A eleição que confirmará a escolha dos ocupantes dos principais postos da comissão está marcada para hoje, com votação presencial.
Numa tentativa de embaralhar a discussão, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) vai se candidatar à presidência da CPI hoje. O deputado se declara independente mas atua alinhado com o Planalto.
A Casa Civil enviou um e-mail para ministérios enumerando 23 afirmações com as quais os aliados podem ser confrontados na CPI e pedindo informações para rebater cada ponto. Trata-se de uma lista de erros do governo destacados pela oposição.