O acidente envolvendo a trancista Thais Medeiros de Oliveira completa um ano neste sábado, 17. A jovem de 26 anos sofreu uma grave reação alérgica após entrar em contato com o aroma de uma pimenta, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
Thais Medeiros foi hospitalizada pela primeira vez em 17 de fevereiro de 2023, após sentir-se mal ao expor-se ao cheiro de uma ‘pimenta bode’ na residência do então namorado, localizada na Vila Jaiara.
Segundo relatos familiares, ao longo desse ano, a jovem foi internada mais de oito vezes, totalizando mais de 340 dias de hospitalização, sendo mais de 70 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante esse período, submeteu-se a diversos tratamentos, incluindo neuromodulação e sessões de fonoaudiologia e fisioterapia.
Atualmente, a jovem enfrenta dificuldades para se locomover e se comunicar. A mãe dela revelou que ela permanece em casa, e que está lutando para obter assistência domiciliar através do sistema público de saúde de Goiânia. “Cuidar dela sozinha é muito doloroso, faço o possível e o impossível”, desabafou.
Adriana afirmou que a Justiça determinou a oferta de assistência domiciliar. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que Thais está sendo assistida por uma equipe do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) em sua residência. Em comunicado, ressaltou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece assistência domiciliar.
Ao G1, Adriana contou sobre os 365 dias de luta pela saúde da filha. “Continuamos arrasadas com tudo o que aconteceu. Cuidamos dela, eu e as duas filhas dela, Valentina e Antonella. Tudo que queremos é que a Thais melhore, nós esperamos em Deus, que sabe de todas as coisas”, finaliza.
Adriana expressou gratidão pelo apoio e ajuda diária que recebe de amigos e seguidores de Thais nas redes sociais.
Nota da SMS
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar.
O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.