Acusado de importunação sexual, personal pede segredo à vítima: “pode me destruir”

Mensagens enviadas por meio de aplicativo mostram que Bruno Fidelis pedindo que ela não revelasse o ocorrido a ninguém

Acusado de importunação sexual, personal pede segredo à vítima: “pode me destruir”

Um personal trainer suspeito de importunação sexual contra uma aluna, pediu segredo sobre o episódio à própria vítima, após ter sofrido a acusação. Mensagens enviadas por meio de aplicativo mostram que Bruno Fidelis pedindo que ela não revelasse o ocorrido a ninguém, a fim de evitar danos à sua reputação.

“Se você tivesse dito ‘não’, eu não teria encostado em você. Achei que você estava correspondendo. Me enganei. Por favor, não comente com ninguém. Isso pode me destruir. Te peço que me perdoe”, escreveu Fidelis em um dos prints divulgados pela Polícia Militar de Caldas Novas.

Segundo o delegado Alex Miller, a vítima relatou que, durante uma avaliação física, Fidelis afastou seu biquíni, acariciou seus seios e tentou beijá-la. “Ele ficou mandando mensagem para ela de um telefone, ela conversou com ele e ele tentando se desculpar. Ela o bloqueou, ele passou a mandar mensagem de outro telefone, e ela se comunicou com o marido dela e noticiou o fato à PM”, detalhou Miller.

Mensagens enviadas por meio de aplicativo mostram que Bruno Fidelis pedindo que ela não revelasse o ocorrido a ninguém
Mensagens enviadas por meio de aplicativo mostram que Bruno Fidelis pedindo que ela não revelasse o ocorrido a ninguém (Fotos: Divulgação/PM)

A defesa de Bruno Fidelis argumenta que não houve ameaça, coação ou constrangimento nas mensagens, mas sim uma tentativa de esclarecer os fatos. A Justiça de Goiás determinou a soltura de Fidelis, cancelando a audiência de custódia prevista para quarta-feira, 22.

O incidente ocorreu na véspera, dia 21, e Fidelis foi preso no mesmo dia. De acordo com a polícia, a vítima, de 22 anos, estava de biquíni para medições e fotografias quando o personal acariciou seus seios e tentou beijá-la. A jovem estava realizando a segunda avaliação física com Fidelis, tendo sido acompanhada pelo marido na primeira.

Fidelis, em sua defesa, alegou que revisou as medições do corpo da aluna sem a intenção de tirar proveito sexual, caracterizando o episódio como um mal-entendido. A investigação continua, com os prints das mensagens sendo analisados pela polícia.

 

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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