Adolescente é dono de conta que reclamou e entregador negro, em Goiânia

A Polícia Civil identificou o autor da conta acusado de racismo após reclamar da cor do entregador de comida. Segundo as investigações, um garoto de 15 anos é o dono do perfil. A advogada confirma, mas defende que ele teve os dados clonados e o comentário enviado ao estabelecimento onde foi encomendado um açaí não foi do adolescente.

De acordo com a advogada Fabiana Castro, o cliente é vítima de golpistas da internet. “Ele não mandou aquela mensagem. Nós descobrimos que teve o perfil clonado porque, no histórico de compras, tem registros de compras feitas em Aracaju (SE), Penedo (AL), locais onde ele nunca foi”, defende. Ela afirma que a família está sendo alvo de ameaças.

O rapaz foi já ouvido na delegacia e liberado em seguida. O entregador alvo de racismo, Ceiton Cruvinel, deve prestar depoimento nesta segunda (24). O Ifood informa que abriu um processo de investigação interno para tomar as devidas providências. O caso será apurado pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri).

Ontem, sexta (21), entregadores de aplicativo protestaram em frente ao condomínio na Vila Alpes em que ocorreu a prática de racismo. Eles se manifestaram em solidariedade a Cleiton após o cliente que pediu a entrega ter enviado uma mensagem para saber a localização do entregador já que não queria que o interfone fosse tocado e ainda avaliou mal o local pelo serviço ter sido feito por um “entregador negro”.

“O rapaz desceu e senti que ele me olhou indiferente. Quando voltei para a lanchonete vi o comentário no aplicativo. E olha que não sou negro, mas estava de máscara. Muito constrangedor. Estou abalado”, relembra Cleiton.

 

 

 

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Ponte TO-MA: Mais dois corpos são localizados após queda no Rio Tocantins

Na quarta-feira, 25, mergulhadores localizaram mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins. As vítimas identificadas são Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. Com essas localizações, o número de mortos na queda da ponte subiu para seis, enquanto onze pessoas ainda estão desaparecidas.

Desabamento

A ação foi realizada pelo Corpo de Bombeiros dos estados Maranhão, Tocantins e Pará, além da Marinha do Brasil. O desabamento ocorreu na tarde do último domingo, 22, na ponte localizada na BR-226, que conecta as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Durante o acidente, oito veículos caíram no Rio Tocantins, incluindo um carro de passeio, duas motos e ao menos quatro caminhões.

As buscas pelas vítimas foram retomadas na manhã da quarta-feira com o auxílio de botes e a participação de 29 mergulhadores. A visibilidade é pouca e a forte correnteza, somada à profundidade de cerca de 50 metros no local do acidente, complica o trabalho dos mergulhadores, que enfrentam grandes desafios na operação de resgate.

De acordo com o DNIT, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu, e a causa do colapso ainda está sendo investigada.

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