Adolescente engole moeda e objeto fica preso entre as cordas vocais, nos EUA

Um adolescente de 14 anos da Califórnia, Estados Unidos (EUA) deu entrada no hospital com dificuldade para engolir e com rouquidão.  Ao realizar exames, os médicos descobriram que o adolescente tinha engolido uma moeda de 0,25 centavos, que ficou presa entre as cordas vocais do garoto.

Os médicos registraram a situação bizarra em um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine.

Segundo o adolescente ele teria engolido o objeto por acidente, mas não relatou dificuldades para respirar. Após a realização de radiografia do tórax e do pescoço, os especialistas logo identificaram a gravidade da situação.  

 “Quando aspirados pelas vias aéreas por crianças mais velhas, corpos estranhos normalmente se alojam mais distalmente [afastado] do que nesse caso, parando na traqueia ou no brônquio principal, devido à ação da gravidade e ao maior tamanho das vias aéreas”, dizem os médicos no estudo.

A moeda se alojou em um pequeno espaço localizado entre a glote e a traquéia, a subglote, região das cordas vocais. Ao fazer o exame de endoscopia, os médicos obtiveram imagens do objeto preso na posição vertical como um caça-níqueis.

“Corpos estranhos nas vias aéreas, especialmente aqueles na traqueia e laringe, necessitam de remoção imediata para reduzir o risco de comprometimento respiratório”, alertam os especialistas.

Foi realizada uma cirurgia de emergência para retirar a moeda através de uma ferramenta usada para agarrar e puxar o objeto. A garganta do garoto não sofreu danos permanentes e ele recebeu alta pouco depois.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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