Afipe, comandada pelo Padre Robson, movimentou R$ 2 bilhões e comprou fazendas e casa de praia

A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) se tornou “uma grande empresa”, conforme informou o Ministério Público (MP), que realizou uma operação para apurar os gastos da entidade. A Afipe é responsável por administrar o Santuário Basílica de Trindade e o Padre Robson era quem comandava a associação, mas pediu afastamento após as investigações do MP. Os promotores investigam se o órgão religioso desviou R$ 120 milhões de doações para comprar imóveis, como casa de praia e fazendas.

As investigações indicam que algumas empresas com as quais a Afipe negociava tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. Entre elas, estavam a WKS Empreendimentos Imbiliários, Via Maia Administradora de Bens, KD Administradora de Bens e Terra Nobre Administradora de Bens. Todas elas tinham em seus quadros de sócios Ademar Euclides Monteiro e Marcos Antônio Alberti e funcionavam em um prédio na Avenida Jamel Cecílio, em Goiânia.

Segundo o MP, em dez anos a Afipe movimentou R$ 2 bilhões, que não foram usadas somente em ações ligadas à igreja. “As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas elas se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, afirmou o promotor Sebastião Marcos Martins.

Entre os bens que foram comprados pela Afipe estão uma fazenda no valor de R$ 6 milhões, em Abadiânia, e uma casa de praia na Bahia, no valor de R$ 2 milhões. Os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações, que chegava a R$ 20 milhões por mês e eram enviadas por fiéis de todo o Brasil. Segundo eles, os investimentos em outras áreas eram uma forma de tentar aumentar os lucros da igreja e, assim, poder expandir as obras sociais.

 

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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