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“AGM é palanque eleitoral para o atual presidente”, afirma Wilson Tavares

Última atualização 10/02/2021 | 12:29

Nesta terça-feira, 09, o Diário do Estado entrevistou o prefeito de Gameleira de Goiás, Wilson Tavares, que é um dos prefeitos do estado que reivindicam a mudança na gestão da Associação Goiana dos Municípios. O prefeito explicou a movimentação do grupo: “Em janeiro de 2020, o atual presidente (ex-prefeito Paulinho Sérgio, PSDB) prorrogou o seu mandato, que se findaria agora em março de 2021. Ele prorrogou o mandato até 2022. Essa participação na assembleia teve apenas dez prefeitos filiados, e desses dez, oito são ex-prefeitos“, conta Wilson.

“Estamos numa Associação Goiana dos Municípios composta apenas de ex-prefeitos! Então houve um movimento, chamei os prefeitos para um debate, para não concordar com isso. A AGM tem que ser liderada e gerida por atuais prefeitos, e não ex-prefeitos. É uma situação muito incômoda para nós. Então percorremos o estado e juntamos 146 assinaturas, e convocamos a assembleia para deliberar sobre o assunto no dia 12 de março”.

O prefeito explica até onde esta ação conjunta pode ter resultados. “O estatuto prevê um quinto dos filiados, o que dá em torno de cinquenta assinaturas, e nós juntamos muito mais que isso. Juntamos mais de 70% dos filiados. Os prefeitos que assumiram seus mandatos não concordaram com essa ideia de prorrogação. No dia 12, vamos deliberar sobre isso. Se mantiver como está, fica mais um ano de mandato. Mas se mudar, convocamos nossa assembleia para eleger nova diretoria”, explica.

O prefeito de Gameleira foi questionado se pretende se candidatar à presidência do órgão. “No primeiro momento a gente mobilizou os prefeitos com a ideia de convocar novas eleições. Mas não pensei sobre isso ainda. Se for em comum acordo… sem desunir a entidade, dependendo os interesses dos municipalistas, podemos começar a conversar com os amigos para ver quem deseja e quem tem disponibilidade”.

Paulinho Sérgio, ex-prefeito de Hidrolândia, deve sair como candidato a deputado estadual. Sobre isso, Wilson fala: “Independente das pretensões políticas, a AGM não pode servir de trampolim, ou de cabide de empregos. Nós não achamos coerente o que ele fez na calada da noite: antecipou a eleição, mudou o estatuto para antecipar, e agora mudou de novo para se beneficiar. O atual prefeito de Hidrolândia, o Zé Délio, é adversário político dele. como o atual prefeito vai ficar bancando para o adversário ficar à frente da instituição?”, questiona o político. “Isso é uma atitude para se perpetuar no poder, porque claro que a AGM é um órgão que dá visibilidade”, aponta.

“Se continuar com esse prefeito, eu sou o primeiro a desfiliar. É uma situação totalmente infundada que vai na contra mão da democracia”, conclui o prefeito Wilson Tavares. Veja muito mais no vídeo acima!