AGR aprova nova tarifa do transporte metropolitano sem alterar valor para usuário

AGR aprova nova tarifa do transporte metropolitano sem alterar valor para usuário

Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou, nesta quinta-feira, 28, na 44ª reunião do Conselho Regulador, a atualização da tarifa de remuneração do sistema de transporte coletivo metropolitano. O reajuste será de 1.79%, elevando a tarifa base contratual que é de R$ 7,5882 para R$ 7,7243 em 2024. Essa atualização não afeta o valor da tarifa pública paga pelos usuários e que continuará sendo de R$ 4,30.

O secretário-geral de Governo e presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), Adriano da Rocha Lima, lembra que desde 2019 não há aumento na passagem ao usuário.

PASSAGEM PERMANECE A MESMA DESDE 2019

“A passagem permanece a mesma desde 2019 unicamente em função das políticas públicas de melhoria do transporte público na Região Metropolitana de Goiânia protagonizadas pelo governo estadual com apoio das prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e agora também com Trindade e Goianira”, lembra.

Os cálculos feitos pela AGR, a partir dos dados e informações fornecidas pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), consideraram a data base de dezembro e levaram em conta a variação do óleo diesel, o salário do motorista, custos de transporte, índice de passageiro por quilômetro e o INPC de janeiro a dezembro de 2023.

O trabalho foi feito pela Gerência de Regulação Econômica e Desestatização da AGR e apresentado na Nota Técnica 18/2023. O novo índice vai vigorar a partir da assinatura da Resolução Normativa até dezembro de 2024.

Este é o terceiro ano consecutivo que a AGR realiza o cálculo do reajuste da tarifa remuneratória para o transporte da região metropolitana, que, recentemente, por meio da Lei Complementar 190/2023, passou a integrar, além dos municípios de Goiânia, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia, também os municípios de Trindade e Goianira.

A tarifa remuneratória do sistema de transporte metropolitano, paga pelos entes públicos, subsidia custos operacionais, remunera o capital investido pelas empresas, possibilita a ampliação das frotas e a melhoria no atendimento aos cidadãos que utilizam os serviços, mantendo o valor da passagem pública. Recebem os subsídios, as empresas: Metrobus Transporte Coletivo S/A, HP Transportes Coletivos, Viação Reunidas Ltda., Cooperativa de Transportes do Estado de Goiás e Rápido Araguaia.

Durante a reunião, os conselheiros da AGR aprovaram, também, processos resultantes de autos de infração no transporte de passageiros, incluindo cinco municípios que foram flagrados transportando passageiros irregularmente. As reuniões do Conselho Regulador são gravadas e disponibilizadas no canal da AGR no YouTube.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp