AGR autoriza novas linhas de transporte regular de passageiros

O Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou, na quarta-feira ,21, três novas linhas de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros entre cidades das regiões Oeste e Sudoeste do estado. Os serviços serão prestados pelas empresas Expresso Itamarati S/A e Rio Novo Transportes e Turismo, que atenderam às exigências dos editais 01/2023 e 03/2023 da AGR, habilitando-se para operar os trechos que ligam as cidades de Rio Verde a Aporé; Caçu a Caiapônia; e Goiânia a Aragarças.

A Expresso Itamarati S/A se habilitou para fazer a linha entre os municípios de Rio Verde e Aporé, via Caçu, num trecho de 231 quilômetros; e também para a linha que liga os municípios de Caçu a Caiapônia, via GO-364 e Jataí, perfazendo 240 quilômetros. Essas linhas do chamamento público 01/2023 serão atendidas com viagens nos dois sentidos, de ida e volta.

Já a empresa Rio Novo Transportes e Turismo respondeu ao edital de chamamento público 03/2023, contemplando a linha entre Goiânia e Aragarças, via Iporá e Piranhas, num trecho de 434 quilômetros. O serviço também será oferecido nos dois sentidos.

Durante a 4ª Reunião Ordinária do Conselho Regulador, o presidente Wagner Oliveira Gomes ressaltou a importância das autorizações, que “resultam em benefício social para as populações em várias regiões do estado”. Ele anunciou que em breve os chamamentos públicos serão reeditados para que novas empresas possam se apresentar para as linhas não contempladas nos três editais anteriores.

Prefeituras

Além disso, o Conselho analisou e julgou processos de interesse dos municípios de Mairipotaba, São Luis de Montes Belos, Cristalina, Mimoso de Goiás, Mara Rosa, Araguapaz e Nova Glória, relativos ao transporte de passageiros para outros municípios.

Na mesma sessão, foram aprovadas as aferições de bilhetes de gratuidades concedidas por quatro empresas de transporte regular de passageiros a idosos e pessoas com deficiência no período de setembro a dezembro de 2023. Os processos foram de interesse das empresas Expresso Marly, Viação Goianésia, Viação Paraúna e Viação Estrela. A partir da decisão do conselho, os processos seguem para a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), que é a titular dos benefícios sociais para validação.

AGR

Dois processos de interesse da própria AGR também estiveram na pauta da reunião do Conselho na quarta-feira: a da minuta de resolução normativa que trata de procedimentos para a implementação e o monitoramento de indicadores de qualidade regulatória e realização de pesquisa de satisfação nos vários setores regulados; e o cronograma de vistorias da AGR em unidades de saúde geridas por organizações sociais (OS’s) para este ano. No total, estão previstas 66 vistorias dos técnicos da Gerência de Regulação Econômica e Desestatização, com foco nas instalações utilizadas para a prestação dos serviços de saúde nessas unidades.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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