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Agressivo, câncer de pâncreas tem se tornado mais frequente em mulheres jovens

Última atualização 31/03/2023 | 21:51

O câncer de pâncreas é considerado um dos mais mortais por especialistas. O diagnóstico tem se tornado mais comum em mulheres e jovens, de acordo com os oncologistas. A doença passou a integrar de forma inédita a lista dos dez tumores com maior incidência entre o público feminino das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. O adenocarcinoma é responsável por cerca de 1% de todos os tipos e por 5% do total de mortes desse grupo no Brasil, segundo o  Instituto Nacional de Câncer (Inca).

 

O quadro de incidência é um dos pontos destacados pela chefe do Grupo de Epidemiologia Genética e Molecular do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer (CNIO), Núria Malats,  em entrevista à Folha de S.Paulo. A tendência da doença entre mulheres também é verificada em países desenvolvidos, como os Estados Unidos,  está relacionada ao caráter devastador da doença que já é reconhecido pelos médicos, mas também por outros três motivos: envelhecimento da população, estilo de vida e identificação tardia dos sintomas. 

 

O perfil dos pacientes costuma ser de pessoas a partir dos 70 anos de idade, alimentação com itens ultraprocessados e ricos em gorduras saturadas, sedentarismo e obesidade.  Doenças crônicas como o diabetes e mais comuns nessa faixa etária, que afetam diretamente o pâncreas (responsável por produzir o hormônio que aproveita a glicose como fonte de energia para as células: a insulina), ainda não são consideradas fatores determinantes para o câncer nesse órgão. 

 

No entanto, o consenso é de que seja um fator de risco. A falta de conhecimento massivo desse tipo de tumor na glândula comparado ao verificado em outros órgãos está associado à agressividade – principalmente devido ao diagnóstico em estágio final – e à baixa incidência proporcionalmente às demais neoplasias.

 

Uma biópsia do pâncreas feita com a retirada de uma amostra de tecido por meio de agulha é determinante para o diagnóstico. A indicação varia, mas sintomas como pele e olhos amarelados  costumam ser o alerta, incluindo predisposição genética. O tratamento engloba a tradicional quimioterapia, radioterapia e inovações como nanopartículas e  imunoterapia .