Ainda que Vanderlan tenha oficializado pré-candidatura, pacificação do PSD parece difícil

Senador Vanderlan Cardoso lançou pré-candidatura a prefeito, mas racha no PSD continua em evidência

O lançamento da pré-candidatura do senador Vanderlan Cardoso à Prefeitura de Goiânia deveria servir para colocar fim a um dos principais motivos da crise interna no PSD: a possibilidade de a legenda não ter representante na corrida pelo Paço Municipal, já que muito se falava de uma aliança entre o partido e o PT da também pré-candidata Adriana Accorsi.

A pré-candidatura dele foi confirmada no último dia 28. Mas ainda assim, a pacificação no PSD parece distante. Integrantes do grupo ligado ao ex-deputado federal Vilmar Rocha alegam que o passo dado por Vanderlan acabou por expor o racha na legenda.

Afirmam que a gravação de um vídeo com mensagem tão importante ao lado do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, demonstra isolamento do senador – a suposta falta de um grupo político robusto em sua órbita é sempre citada por críticos de Vanderlan. “Não havia aliados, apenas uma liderança política de renome nacional que, na prática, pouco agregará em votos”, atacam.

Vanderlan também optou por fazer o anúncio longe de Goiânia – o que, a princípio, pode parecer algo irrelevante. Mas o material teria maior repercussão se gravado em um cenário que o auxiliasse a se contrapor à gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Nada também foi dito a respeito da chapa de pré-candidatos à Câmara de Vereadores, o que pessedistas adversários de Vanderlan dizem ser alvo de preocupação e que pode vir a desidratar o PSD em Goiânia. A vereadora Lucíola do Recanto, agora ex-PSD, migrou recentemente para o MDB. Aliás, ele também não aproveitou para convidar pretensos candidatos a se filiarem à sigla até 6 de abril.

Paralelamente, o vereador Lucas Kitão segue como pré-candidato a prefeito pelo PSD, incentivado pela turma ligada a Vilmar Rocha. Mas na prática, não verá seu projeto vingar: Vanderlan tem o controle do diretório em Goiânia através da presidência de Ismael Alexandrino.

Neste cenário, resta a Vanderlan promover a união entre as duas alas do PSD. Se não conseguir, começará a corrida sucessória em desvantagem.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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