Alesp aprova PEC que redireciona verba da Educação para Saúde em SP

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta quarta-feira (27), em segunda votação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual que reduz o orçamento da Educação no estado de SP, permitindo que parte dele seja destinado também para a Saúde.

Os três deputados que representam o Vale do Paraíba e região — Dr. Elton (União), Edmir Chedid (União) e Letícia Aguiar (Progressistas) — votaram a favor da PEC durante a primeira votação, que ocorreu no início de novembro. Já nesta quarta-feira, em segunda votação, apenas Dr. Elton (União) e Letícia Aguiar (Progressistas) estiveram na sessão e votaram a favor da PEC. O deputado Edmir Chedid (União) não participou da votação.

Segundo a assessoria de Chedid, o político já havia manifestado apoio à PEC ao votar favoravelmente em primeiro turno, mas não conseguiu participar da sessão nesta quarta. Em nota, eles explicaram que “a ausência na sessão ocorreu devido ao cumprimento de compromissos oficiais em Brasília, relacionados ao atendimento de demandas prioritárias de municípios da região”.

Anteriormente, Letícia Aguiar, do Progressistas, afirmou que a medida garante que os recursos cheguem onde a população mais precisa. Já o Dr. Elton, do União Brasil, defendeu que a saúde necessita de recursos neste momento e que caso o direcionamento da verba não fosse para a saúde, seria contrário à medida. O projeto foi aprovado por 59 votos favoráveis e 19 contrários. Não é necessária sanção do governador.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada por Tarcísio altera o texto constitucional paulista para flexibilizar essa vinculação adicional de 5% da receita de impostos, a fim de que possa ser utilizado tanto em gastos com educação, como também para financiamento adicional das ações e serviços de saúde. A proposta permite que o adicional de 5% seja direcionado as ações de Saúde ou Educação, em vez de ser restrito apenas à Educação.

Desde que entrou em vigor a atual Constituição de SP, em 1989, o governo destina no mínimo 30% da arrecadação para a Educação. A quantidade é maior do que o piso estabelecido pela Constituição Federal, de 25%. Com a aprovação da PEC, o orçamento estadual será igualado ao piso federal. O governo considera esses 5% a mais referente ao piso federal poderia ser direcionado para a Saúde que, segundo eles, demanda mais atualmente devido ao envelhecimento da população. Já a oposição afirma que, na verdade, o governo tem incluído o pagamento de servidores inativos da Educação nesse percentual, ou seja, servidores aposentados estão sendo pagos com os 5% do orçamento, ação vedada pelo STF. No Orçamento 2025, por exemplo, estão previstos 26% para a Educação. Com a inclusão dos inativos, vai para 32%. Com a redução do percentual obrigatório, o governo poderá enfim retirar os inativos da Educação do Orçamento da área, ou seja, usar os 5% para o mesmo fim, sem descumprir determinação do Supremo.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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