Um novo reajuste de 9% no valor do Diesel, começa a ter validade esta quarta-feira (29), em todas as refinarias do país. O preço médio de venda passa de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro – reajuste médio de R$ 0,25 por litro. Em nota, a estatal afirmou que “esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras. Reflete parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio”.
Além de impactar direto no bolso dos consumidor bolso dos consumidores, de acordo com o Economista Glauber Lima, esse aumento do diesel pode continuar pressionando a inflação.
“Um impacto direto causado pelo aumento do diesel é o frete desde os caminhoneiros que cortam o Brasil pelas rodovias até os deslocamento que ocorre dentro das cidades, consequentemente isso é passado para os produtos que o cidadão compra na prateleira do supermercado ou qualquer outro estabelecimento”, explica Glauber.
Serviço de logística afetado pelo Diesel
Segundo o economista, os setores mais afetados com o aumento são os que necessitam de fretes e caminhões. “Especificamente o setor produtivo que tem a necessidade de receber seus insumos para produção e também na distribuição e o setor alimentício mais especificamente os supermercados que consequentemente faz o repasse desse aumento para seus produtos na prateleira”, pontua.
Com a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22. Esse novo reajuste aconteceu após 85 dias do último, de acordo com Glauber, a estatal observa por um tempo as variações de preço “eles tem uma janela de tempo que observam as variações dos preços no mercado internacional e após esse período eles repassam aumento ou redução dos preços dos combustíveis”.
Petróleo no mundo
O economista ressalta que uma influência internacional no reajuste do preço é “o estoque de petróleo no mundo, se tiver muita oferta do commoditie consequentemente o preço tende a reduzir”. Em relação a influência nacional, Glauber afirma que “no nosso cenário nacional o que influencia fortemente é a taxa de câmbio, uma redução forte da taxa de câmbio poderia fazer com o que o preço dos combustíveis reduzisse pois aumentaria o poder da nossa moeda”, explica ele.
“Para isso acontecer tem muitos fatores que influenciam, como as contas públicas, a economia ficar mais aquecida, vacinação em massa continuar avançando para não ocorrer novos Lockdowns, as reformas que estão tramitando no congresso, redução do nível de desemprego entre outros”, conclui o economista.