Petróleo tem alta leve com isenção de tarifas e importações na China
As importações de petróleo na China em março se recuperaram significativamente em relação aos dois meses anteriores e apresentaram um aumento de quase 5% em comparação ao ano anterior. Este cenário positivo contribuiu para uma ligeira alta nos preços do petróleo no mercado internacional nesta segunda-feira. Além disso, a notícia da isenção de tarifas dos Estados Unidos para alguns produtos eletrônicos também influenciou nesse movimento de alta.
No entanto, os ganhos foram moderados devido às preocupações em relação à guerra comercial, que poderia impactar o crescimento econômico global e, consequentemente, prejudicar a demanda por combustível. A incerteza gerada por esse cenário tem afetado investidores e empresas, diante de uma série de anúncios de políticas tarifárias e reversões realizadas pelo governo do atual presidente dos EUA, Donald Trump.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam com um acréscimo de 0,2%, atingindo a marca de US$64,88 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA também registrou uma leve alta de 0,05%, fechando a US$61,53. A decisão de retirar as tarifas sobre determinados produtos eletrônicos importados da China foi vista como um movimento estratégico para amenizar as tensões comerciais entre as duas potências.
Apesar dos avanços nas importações de petróleo por parte da China, as projeções para os preços do petróleo têm sido revisadas para baixo, especialmente após a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A implementação de tarifas sobre chips semicondutores importados também é uma preocupação, conforme sinalizado por Trump, o que poderia gerar impactos adicionais no mercado global de commodities.
Por outro lado, a China tem buscado diversificar suas importações de petróleo, com um aumento expressivo nas compras de petróleo iraniano e uma recuperação nas entregas provenientes da Rússia. Essa estratégia tem sido uma resposta à volatilidade do mercado e às tensões comerciais, visando garantir um suprimento estável de combustível para sua economia em meio a um cenário geopolítico desafiador.
Em um contexto em que as negociações comerciais entre as grandes potências continuam incertas, a manutenção de um ambiente de diálogo e cooperação tem sido destacada como essencial para evitar possíveis rupturas que poderiam prejudicar ainda mais a economia global. A esperança em um acordo entre os EUA e a China permanece, embora as tensões comerciais ainda persistam e representem um desafio para os mercados internacionais.
Com dados de Arathy Somasekhar, Ahmad Ghaddar em Londres, Katya Golubkova em Tóquio e Florence Tan em Cingapura, a dinâmica do mercado de petróleo permanece sob a influência de fatores geopolíticos e comerciais, com impactos diretos nos preços e nas estratégias de importação de importantes player como a China.