Em uma semana, publicidade irregular gera mais de R$ 400 mil em multas

Amma aplica multas que somam mais de R$ 400 mil por publicidade irregular em ruas da de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (Amma), aplicou multas de infração a empresas responsáveis por poluição visual, na Avenida 136, no Setor Marista, Rua 90, no Setor Sul, e nas avenidas Leopoldo de Bulhões e 2ª Radial, no Setor Pedro Ludovico. “Cada autuação é de R$ 5 mil, e o material publicitário irregular é apreendido”, explica o presidente da Amma, Luan Alves.

Além das autuações, a Amma realiza a retirada de engenhos publicitários irregulares por toda a capital, contemplando as sete regiões da cidade. Apenas na última semana, de segunda-feira, 12, até quinta-feira, 15, foram removidas mais de 1.780 faixas em canteiros centrais e outros logradouros públicos. A ação continua nesta semana.

A legislação ambiental prevê que os engenhos publicitários irregulares configuram infração ambiental por poluição visual, conforme o Código de Posturas de Goiânia. “É expressamente proibida a publicidade ou propaganda, inclusive as de caráter político e comercial, divulgada ou fixada em postes, árvores nas vias públicas, muros e fachadas”, diz a legislação, no artigo 139 da Lei Complementar nº 014, de 29 de dezembro de 1992.

O diretor de Fiscalização da Amma, Renato Medeiros, explica que é preciso consciência da população para acabar com a poluição visual e propagada pelos engenhos publicitários irregulares. “Os locais públicos devem ser preservados. Ao contrário do que se pode pensar, esse tipo de publicidade está na contramão das boas práticas de marketing e prejudica a estética da cidade, polui o meio ambiente, atrapalha a visibilidade dos motoristas e, ainda, é uma invasão aos espaços públicos e até unidades de conservação de uso comum de toda a população que reside na capital”, explica Medeiros.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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