Angelita Lima é empossada reitora da UFG

Na manhã desta sexta-feira (14/1) o Ministério da Educação (MEC) encaminhou para a Universidade Federal de Goiás (UFG) o documento que dá posse à reitora nomeada por meio de Decreto Presidencial publicado no Diário Oficial da União (DOU) Angelita Pereira de Lima. Com Covid-19, a educadora já está empossada e em pleno exercício da função.

Segundo a UFG, Angelina está bem e seguindo os protocolos sanitários. A cerimônia de posse da reitora será realizada posteriormente, mas a data não foi definida.

A universidade também informou que às 14 horas desta sexta-feira (14/1) a educadora concederá uma entrevista coletiva virtual por meio do canal UFG oficial no Youtube.

Manifestação

A nomeação da educadora não agradou professores, sindicatos e alunos da universidade. Na última quarta-feira (12/1), um grupo chegou a ocupar o Campus Samambaia, em Goiânia.

Os ocupantes alegavam que o Governo Federal e o Ministério da Educação (MEC) não respeitaram a eleição da professora Sandramara Matias Chaves e do vice-reitor Jesiel Carvalho para a direção da Universidade.

Eles afirmavam que a decisão do MEC afetou diretamente o direito democrático para eleição de reitoria.

Em uma carta aberta ao MEC os manifestantes reivindicam o poder de escolha da universidade e o fim da lista tríplice, herança de intervenções nas Universidades no período ditatorial.

CARTA ABERTA DE REIVINDICAÇÃO – OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFG 12 de Janeiro de 2022.

As entidades, movimentos e sindicatos participantes da ocupação da reitoria da Universidade Federal de Goiás em 12 de janeiro de 2022, em carta aberta reivindicam as autoridades competentes, aos parlamentares goianos, ao MEC, a justiça federal:

1 – A nomeação do primeiro nome da lista tríplice, a candidata que venceu a consulta realizada na UFG;

2- O fim da lista tríplice nas universidade e defesa do voto direto da comunidade acadêmica;

3- Que o movimento seja ouvido no parlamento municipal, estadual, federal, bem como seja realizada Audiência Pública na Câmara Municipal de Goiânia e na Assembleia Legislativa de Goiás. Além disto, cobramos um posicionamento público destes em defesa da Autonomia Universitária.

3- Disposição de estrutura material e de logística para que o movimento possa ir até Brasília se manifestar pela nomeação da Prof. Sandramara.

4- Que seja convocada uma Assembleia Geral da comunidade acadêmica da UFG.

5- Compromisso com a defesa da universidade pública, bem como sua autonomia e democracia. Contra os ataques do Governo Bolsonaro e seus Ministros.

De todo modo, reiteramos nossa confiança e apoio à Prof. Angelita, que tem sido uma competente gestora a frente da Faculdade de Informação e Comunicação. Nossa luta é em respeito ao processo democrático, ou seja, para que quem foi escolhido pela UFG seja empossado(a).

O movimento permanecerá mobilizado até que sejam cumpridos os pontos reivindicadas nesta carta.

Em defesa da autonomia universitária! Fora Bolsonaro

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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