Gravador de vídeo é furtado da casa da ex-esposa de prefeito de Iporá

Aparelho de DVR é furtado da casa da ex-esposa do prefeito suspeito de feminicídio

Um vídeo feito por uma câmera de segurança mostra o momento em que um Gol branco estaciona e o aparelho DVR (um gravador de vídeo digital) é furtado da casa da mulher que foi vítima de tentativa de feminicídio pelo Prefeito de Iporá, município localizado na região oeste de Goiás, Naçoitan Araújo Leite. 

De acordo com o delegado Ramon Queiroz, responsável pelas investigações em Iporá, o fato tem chamado a atenção da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). “Durante as buscas e apreensão hoje, encontramos possivelmente o mesmo veículo na fazenda do prefeito investigado. Nós iremos caminhar agora para tentar elucidar quem fez o furto desse aparelho de DVR, ou seja, que interferiu ou está interferindo diretamente na investigação”, disse Queiroz.

O prefeito é o principal suspeito de ter invadido a casa da mulher de quem estava separado há dois meses e disparou 15 tiros contra ela e contra o atual namorado dela. Desde o ocorrido, o prefeito está foragido e, em razão disso, a Justiça de Goiás decretou, neste domingo, 19, a prisão de Naçoitan

“O prefeito, até o momento, não foi localizado e a agilidade continua na tentativa de encontrá-lo. As investigações continuam. Estamos empenhados em encontrá-lo para que possa expressar esclarecimentos na delegacia de Polícia Civil a respeito da sua presença”, declarou o delegado Ramon Queiroz. 

Entenda o caso

O prefeito de Iporá,  Naçoitan Araújo Leite, estava separado há dois meses de sua ex-esposa. Segundo a Polícia Civil, na última sexta-feira, 17,  Naçoitan teria invadido a casa da vítima com sua própria caminhonete  e feito cerca de 15 disparos de arma de fogo, fugindo na sequência. Ele está sendo procurado pelos policiais.

Segundo a PCGO, por não aceitar o fim da relação, ele usou o veículo para quebrar o portão, invadindo o imóvel, e foi até o quarto onde estavam as a ex-esposa e o atual namorado. A Delegacia da Mulher de Iporá está investigando o caso e todas as providências iniciais cabíveis já foram adotadas. Naçoitan Araújo Leite é considerado foragido e a Polícia Civil investiga o caso. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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