Após 16 anos na cadeia, Justiça concede regime aberto a Nardoni

Após 16 anos na cadeia Justiça concede regime aberto a Nardoni

A Justiça de São Paulo autorizou a progressão de pena de Alexandre Nardoni para o regime aberto. O pai de Isabella Nardoni, condenado em 2008 pelo assassinato da filha de 5 anos, poderá cumprir o restante da pena em liberdade após 16 anos na prisão.

A decisão foi assinada pelo juiz José Loureiro Sobrinho na última sexta-feira, 3, e divulgada nesta segunda-feira, 6. Apesar da recomendação desfavorável do Ministério Público de São Paulo (MPSP) à progressão, o juiz considerou a boa conduta carcerária de Nardoni, seu período de cumprimento de pena, o relatório favorável da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e a ausência de faltas disciplinares.

Após sua liberação, Nardoni deverá se apresentar trimestralmente à Vara de Execuções Criminais, comprovar ocupação lícita em 90 dias, permanecer em casa das 20h às 06h, e informar à Justiça qualquer mudança de residência.

Ele também estará proibido de frequentar bares e casas de jogos. O pedido de progressão foi feito em abril pela defesa de Nardoni, que já cumpriu o período necessário para pleitear o benefício na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, conhecida como “Cadeia dos Famosos”.

Apesar da oposição do MPSP, o juiz determinou a realização de um exame criminológico antes de tomar a decisão final.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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