Após invasão a casas e ataques, pitbull é sacrificado por policiais

Após invasão a casas e ataque a outros animais, pit bull é sacrificado por policiais

Os policiais precisaram sacrificar um pitbull em São Simão, no sudoeste de Goiás, depois que o cachorro invadiu algumas casas e atacou outros animais. O caso ocorreu na terça-feira, 23, e o tutor do animal ainda não foi identificado.

Uma câmera de segurança da vizinhança mostra o momento em que o pitbull ataca outro animal na rua. O mecânico Samuel Alves foi quem resgatou o cachorro atacado. Ao ouvir os gritos do cão, ele saiu de casa e jogou pedras para interromper a briga.

“Quando eu pisei no pescoço dele [pitbull], eu lembrei que se fizesse uma alavanca na boca dele, ele soltava. Eu fui fazendo a alavanca nos dentes dele até que o cachorrinho se soltou”, disse Samuel. Apesar dos ferimentos, o cachorro se recupera bem.

A vizinhança já relataram casos em que outros animais ficaram feridos e até perderam a vida devido aos ataques do pitbull.

O sacrifício do pitbull

No dia do ataque, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) recebeu pelo menos cinco chamados de moradores alegando que os animais foram feridos pelo pitbull. Como a cidade não tem canil e a equipe do Corpo de Bombeiros mais próxima é de aproximadamente 80 km, a Polícia Civil (PCGO) autorizou que os militares sacrificassem o cachorro.

“Juridicamente falando, estamos legitimados pelo chamado estado de necessidade. Nesse risco de ataque iminente desse animal, há o permissivo legal para o sacrifício desse animal. Não é maus-tratos”, conta o delegado Marlon Luz.

O tutor do cachorro não foi identificado, mas poderá ser acusado por omissão de guarda. O delegado explica também que, em circunstâncias como essa, qualquer pessoa tem o direito de se defender do animal.

“Qualquer um da população que tenha colocado em risco a sua integridade física, a sua vida, de seus familiares ou de terceiros, poderia agir da mesma forma com os instrumentos que tivesse à disposição”, completa.

Veja o momento em que o pitbull ataca outro animal na rua: 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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