Após reclamações de moradores, Comurg retoma coleta de lixo na região Noroeste de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia começou a normalizar a coleta de lixo em alguns bairros da região noroeste nesta sexta-feira, 02. Moradores denunciam problemas no recolhimento irregular dos resíduos há cerca de 25 dias em alguns pontos e 15 dias em outros. Um dos locais com acúmulo de sujeira era o Centro de Saúde da Família (CSF) Madre Germana. O serviço ocorre na região às segundas, quartas e quintas-feiras. 

“Os funcionários não aguentaram o fedor, então puseram uma corrente na lixeira e colocaram a estrutura para fora, na rua, sendo que deveriam ficar em um espaço específico lá dentro. Está insuportável na unidade em todas as ruas. No colégio militar, a lixeira também está transbordando”, reclamou o líder comunitário André Veloso.

O problema estaria ocorrendo no Madre Germana 2, no Real Conquista,  Campos Dourados, Privado das Oliveiras  e Santa Fé. A reportagem do Diário do Estado (DE) entrou em contato com a assessoria de imprensa da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para esclarecimentos. 

Por meio de nota, a equipe informou que a coleta teve início ontem, quinta-feira, 01, e será normalizada ainda hoje. “Os problemas foram causados por quebra de equipamento. Como é sabido, existem algumas dificuldades na aquisição de itens eletrônicos que são importados“, divulgaram.

O problema teria ocorrido em outros pontos da capital após a interrupção do serviço por parte de empresas contratadas que alegaram falta de pagamentos recorrentes pela Prefeitura desde março deste ano. Uma delas seria aluga caminhões e faz o transporte do lixo. A situação foi resolvida no fim do mês passado, quando começaram os repasses parciais do dinheiro. A  Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) alega que mantém o equilíbrio fiscal e não há nenhum processo com trâmite regular pendente de pagamento.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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