Após ser preso por atirar contra esposa, Naçoitan Leite diz: “Naquele momento, não era eu”

Após ser preso por atirar contra esposa, Naçoitan Leite diz: “Naquele momento, não era eu”

Após ser preso por atirar contra esposa, Naçoitan Leite diz: “Naquele momento, não era eu”

Retornando ao cargo após passar 85 dias na prisão, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), busca deixar para trás um capítulo sombrio de sua história. O político está livre desde a última sexta-feira, 16, onde foi recebido com uma celebração marcada por hinos e louvores na porta da casa dele.

Em uma entrevista à TV Record Goiás, Naçoitan revelou que começou a fazer uso de medicamentos após uma cirurgia bariátrica. Apesar de ter evitado entrar em detalhes, repetiu o que já havia comunicado à Polícia Civil, admitindo ter consumido “muito álcool” antes do incidente e, perturbado, dirigiu-se à casa da ex-companheira, onde disparou 15 vezes contra o imóvel.

“Naquele momento, não era eu. Não me recordo e estava fora de mim, literalmente. Peço desculpas a todos que foram afetados e perderam seus empregos, assim como à minha família, minhas filhas, meu filho. Peço perdão a todos. Errei? Sim… Errei muito, mas assumo meu erro”, lamentou. “Não tenho justificativas. Não sou aquele monstro. Aquilo não condiz comigo.”

Naçoitan também mencionou ter enfrentado problemas de saúde durante a detenção devido ao estresse e à repercussão dos eventos. A pressão arterial dele chegou a níveis críticos, e ele esteve à beira de um acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto. “Após ajustar minha medicação, nunca mais precisei ser hospitalizado. Foi um período de grande pressão. Não tenho problemas psiquiátricos, mas naquela ocasião, enfrentei”, destacou.

Agora sob medida cautelar, Naçoitan terá que usar tornozeleira eletrônica, sendo a única restrição evitar a proximidade da ex-companheira. “Estou usando a tornozeleira, que me permite ir a qualquer lugar. Sou prefeito e posso me deslocar para Goiânia ou qualquer outro lugar. A única restrição é não me aproximar dela [ex-companheira]. Posso ir a Brasília, Goiânia, onde for”, explicou.”Essa página está virada. Viramos a página, nós que temos Deus no coração, acabou”, concluiu.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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