Após terremoto de magnitude 7.5, Japão tem alerta de tsunami e evacuações

O ano de 2024 começou sob muita tensão no Japão, com um terremoto de magnitude 7.5 que atingiu a costa oeste na tarde de segunda-feira, 1. Alertas de tsunami alcançaram até mesmo o leste da Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul. Também provocaram uma ordem de evacuação para áreas costeiras afetadas do País nipônico o mais rápido possível. As informações são da rede norte-americana CNN.

O terremoto ocorreu às 16h10, horário local, em uma profundidade de 10 quilômetros, a cerca de 42 quilômetros a nordeste de Anamizu, na prefeitura de Ishikawa, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A Agência Meteorológica do Japão emitiu imediatamente um aviso de tsunami, e as primeiras ondas atingiram a costa pouco mais de 10 minutos depois.

Vídeos nas redes sociais mostraram as consequências do terremoto, com corredores de lojas cobertos de mercadorias. Mais de 32.500 residências na prefeitura de Ishikawa ficaram sem energia após o terremoto, de acordo com a Companhia de Energia Elétrica de Hokuriku.

Veja vídeo

Relatos iniciais provenientes da cidade de Wajima, na prefeitura de Ishikawa, indicam ondas de tsunami de cerca de 1,2 metros por volta das 16h21, segundo a emissora japonesa NHK. Não há relatos imediatos de danos.

Estragos

Funcionários da cidade de Suzu, em Ishikawa, informaram à CNN que edifícios foram danificados e há relatos de feridos. A polícia na cidade afirmou que algumas pessoas estão presas em casas danificadas, de acordo com a NHK. Até o momento, não há relatos de mortes.

Um grande alerta de tsunami foi emitido na cidade de Noto, em Ishikawa, com ondas de aproximadamente 5 metros esperadas, conforme a Agência Meteorológica do Japão. Este é o primeiro grande alerta de tsunami desde 2011, segundo um porta-voz da agência de gerenciamento de desastres da prefeitura de Ishikawa.

Sob o sistema de alerta de tsunami do Japão, ondas esperadas com menos de 1 metro se enquadram em “aviso de tsunami”, enquanto aquelas esperadas acima de 3 metros são categorizadas como “alerta de tsunami” e ondas esperadas acima de 5 metros são classificadas como “grande alerta de tsunami”.

Retirada

Em um pronunciamento televisivo, o Secretário-Chefe do Gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, orientou as pessoas que vivem em áreas sob alerta de tsunami a evacuar para terrenos mais altos. Imagens da NHK mostraram câmeras tremendo vigorosamente, enquanto as ondas atingiam a costa no momento do terremoto em Ishikawa.

Casas também foram abaladas pelo terremoto, com imagens mostrando telhados desabados e fundações abaladas. Alguns serviços dos trens-bala Shinkansen do Japão foram suspensos. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que as autoridades estão trabalhando para avaliar os possíveis danos nas áreas afetadas.

“Imediatamente, estabelecemos o Gabinete do Primeiro-Ministro de Resposta – Centro de Medidas contra Desastres. Colocando vidas humanas como prioridade, estamos fazendo todo o esforço para avaliar os danos – empenhando todos os esforços na resposta ao desastre”, escreveu o primeiro-ministro no X, anteriormente Twitter, na segunda-feira.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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