Ataque na Nigéria deixa 198 pessoas mortas

Nesta quarta-feira,27, o chefe do governo local de Bokko, na Nigéria, Monday Kassah afirmou que cerca de 198 pessoas foram mortas em uma série de ataques a aldeias. Na segunda-feira ,25, o exército divulgou que o número de mortos era de 113, representando um aumento expressivo. A região é assolada há vários anos por tensões religiosas e étnicas.

Mais de 300 pessoas encontradas feridas foram transferidas para hospitais em Bokkos, Jos e Barkin Ladi. Monday Kassah disse à AFP que os ataques eram coordenados por um grupo ilegal e militarizado que atua na região.

“Gangues militares, localmente chamados de ‘bandidos’, lançaram ataques bem coordenados em não menos de 20 comunidades diferentes. Encontramos mais de 300 pessoas feridas”, disse Kassah.

Violência espalhada pelo país

 De acordo com o presidente local, Danjuma Dakil, os ataques, que começaram na área de Bokkos, se espalharam para a vizinha Barkin Ladi, onde 30 pessoas foram encontradas mortas, de acordo com o presidente local, Danjuma Dakil.

No domingo, 24, o governador do estado, Caleb Mutfwang, condenou o ataque, chamando-o de “bárbaro, brutal e injustificado”.

No dia dos ataques, a Anistia Internacional fez uma publicação no  X (antigo Twitter) criticando  o governo e afirmando que “as autoridades nigerianas têm falhado em encerrar os frequentes ataques mortais a comunidades rurais no estado de Plateau”. 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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