Ateliê do Gesto oferece aula gratuita para a comunidade

O projeto de manutenção do grupo de dança Ateliê do Gesto oferece uma aula, neste mês de abril, para qualquer pessoa que queira dançar, mesmo não sendo profissional. Daniel Calvet e João Paulo Gross abrem as portas de sua sala de ensaio no dia 18 de abril para compartilhar técnicas, conhecimentos e inspirações em uma aula aberta a toda a comunidade. A aula acontece às 17 horas, gratuitamente, e há 20 vagas disponíveis. As pessoas interessadas devem se inscrever preenchendo o formulário de inscrição que se encontra no link da bio do instagram @ateliedogesto. 

Neste mês de abril, o grupo ainda vai circular Goiânia para exibir o produto cultural “Fica Comigo – o filme”. No dia 16 eles estarão na Escola Sathya Sai de Goiás e no dia seguinte no Circo Laheto. No dia 18 de abril quem recebe a exibição é a Asdown. Além disso, o grupo irá oferecer uma aula de dança e fazer um bate papo com o tema “dança e mercado de trabalho: construções e desafios acerca do fazer artístico na atualidade” com a turma de dança do IFG Aparecida de Goiânia no dia 24 de abril. No dia 30 de abril é a vez da turma de licenciatura em dança da UFG receber o grupo para essa mesma conversa. 

Essas aulas e exibições integram uma série de atividades do projeto de manutenção do grupo, em 2024, que conta com apoio financeiro do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás e tem a produção de Marci Dornelas. O projeto de Manutenção Artística foi contemplado pelo Edital de Fomento à Dança do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2023 e é uma realização do Ateliê do Gesto e da Lúdica  Eventos e Projetos Culturais.

Nove anos de estrada e um novo espetáculo

Ao longo de nove anos de estrada, o grupo de dança Ateliê do Gesto lista seis espetáculos cênicos, 73 cidades e nove países percorridos. Num processo concomitante de formação de plateia e de capacitação de profissionais, em que entregam o que sabem e recolhem o que inspira para criação, o grupo tem consolidado o seu nome em Goiás e no país.

O projeto de manutenção segue essa proposta de trabalho, que lista aulas de dança para diversos públicos, rodas de conversa, exibição do filme-espetáculo “Fica Comigo” e culmina com a apresentação do processo de pesquisa MAReAR, o próximo espetáculo, em formato de ensaio aberto. 

João Paulo Gross, diretor criativo do Ateliê, destaca a importância desse projeto no trabalho do grupo que, atualmente, está em um projeto de ocupação da Caixa Cultural em quatro diferentes capitais brasileiras. “Esse projeto vem para dar continuidade e manutenção ao trabalho diário, semanal e mensal do grupo Ateliê do Gesto, fomentando a dança no estado de Goiás e permitindo que o grupo dê continuidade no seu trabalho de elaboração, criação, pesquisa e produção de espetáculos, aulas, preparação corporal e manutenção dos produtos artísticos. Esse é um trabalho qye garante nosso profissionalismo e que valoriza a pesquisa e o comprometimento com o fazer artístico que é inerente à dança”, comenta o diretor.

Agenda de aulas e encontros gratuitos

O Ateliê do Gesto ainda vai realizar no dia 6 de maio uma roda de conversa com o tema “dança e a produção cultural” com o curso de produção cênica no Basileu França e vai exibir o produto cultural “Fica Comigo – o filme” para diferentes públicos. Encerrando o projeto, o Ateliê do Gesto vai apresentar, em formato de ensaio aberto para toda a comunidade, o processo de pesquisa de MAReAR. Daniel Calvet, diretor artístico do Ateliê do Gesto, antecipa ao público a proposta do novo trabalho, como uma manifestação artística de experimentação que reverencia as águas e seus fluxos, potências, ritmos, tensões e poéticas. MAReAR vem tratar da potência das águas trazendo à tona um manifesto (talvez político) que entrelaça o tema das águas e sua fluidez, maleabilidade e liquidez junto às relações que estabelecemos na atualidade”, comenta. 

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Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra

A Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), vai receber a exposição Arte Africana: Máscaras e Esculturas, uma das primeiras do gênero em Goiânia. A mostra será inaugurada no Dia Nacional da Consciência Negra, quarta-feira, 20, às 19 horas.

Evento é aberto ao público.

A exposição é composta de 416 peças da Coleção África, que reúne máscaras, estatuetas e outros objetos de uso cotidiano e ritualístico, com curadoria assinada por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Renato Araújo e Danilo Garcia. É uma exposição representativa da arte tradicional africana, incluindo esculturas e conjuntos especiais, como:

  • talheres,
  • pentes,
  • polias,
  • mama watas (figura lendária da mitologia africana ocidental),
  • bronzes,
  • adornos,
  • peças ritualísticas,
  • apoios de nuca
  • e tecidos.

As máscaras são portais de cultura ancestral, simbolizando segredos e espíritos do continente africano. As esculturas também são marcadas por significados de rituais. Além disso, utensílios domésticos, instrumentos musicais e bancos de sentar formam um grande mosaico da vida e crenças do continente africano.

Dia Nacional da Consciência Negra

Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, a exposição “Arte Africana: Máscaras e Esculturas” não poderia acontecer em um momento mais simbólico e significativo como a abertura no Dia da Consciência Negra.

“Este é um dia de reflexão, celebração e reconhecimento das contribuições inestimáveis dos povos africanos à nossa cultura e identidade. Abrir essa exposição neste dia nos conecta profundamente às nossas raízes e nos lembra da beleza, diversidade e riqueza da arte africana”, destaca.

Coordenador da Vila Cultural, o curador Gilmar Camilo explica que a montagem da mostra foi “desafiadora”, pela quantidade de peças, detalhes e cuidados envolvidos.

“E também profundamente instigante, pelo volume de obras e significativa contribuição cultural que essa exposição representa para o Estado de Goiás e o público visitante”, completa Gilmar.

Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra
Mostra seguirá aberta à visitação até 6 de abril de 2025 (Fotos: Secult-GO)

Arte Africana: Máscaras e Esculturas

Arte Africana: Máscaras e Esculturas começou a ser montada no dia 1º de novembro e envolve o trabalho de 10 pessoas entre servidores da Vila Cultural Cora Coralina e equipe do coletivo cultural Bëi, sob coordenação do curador Danilo Garcia e supervisão de Gilmar Camilo.

A visitação Arte Africana: Máscaras e Esculturas estará disponível até 6 de abril de 2025. A Vila Cultural Cora Coralina funciona de segunda-feira a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O espaço permite a entrada de animais de estimação, desde que com coleira.

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