Aumento de casos de virose na primavera no interior de SP: saiba como se prevenir

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Clima ‘atípico’ da primavera faz casos de virose aumentarem no interior de SP; veja como prevenir

Na região de Presidente Prudente atendimentos quase dobraram em um mês. Médico associa alta às mudanças bruscas de temperatura e à circulação de uma nova variante do vírus influenza, que causa sintomas gastrointestinais.

Os casos de virose quase dobraram no mês de outubro de 2025 em Presidente Prudente

O número de atendimentos por virose quase dobrou entre setembro e outubro na Santa Casa de Presidente Prudente (SP). O hospital, que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e também particulares, registrou 234 casos em setembro e 460 em outubro, um aumento de aproximadamente 96% em apenas um mês.

Segundo o médico infectologista André Pirajá, que atua na Santa Casa, o aumento das viroses ocorre devido ao clima “atípico” da primavera, com clima mais seco em alguns períodos do dia e períodos mais frios também ao longo do dia.

O médico acrescenta que, além do fator climático, há a circulação de uma nova variante do vírus Influenza, caracterizada por quadros com poucos sintomas respiratórios e predominância de sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, de forma prolongada.

SITUAÇÃO REGIONAL

A alta nos casos também tem sido observada em outras regiões do estado. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES-SP) apontam que, entre janeiro e agosto deste ano, foram contabilizados 576.246 atendimentos ambulatoriais por gastroenterite em São Paulo.

Na região de Presidente Prudente, foram 1.230 registros, enquanto Bauru, Sorocaba somou 64.928 e São José do Rio Preto, 1.167.

Em relação às internações, o estado totalizou 7.021 casos até agosto, sendo 312 deles na região prudentina. Atendimentos e Internações de Virose até Agosto de 2025 Região da DRS Atendimentos Ambulatoriais Internações Bauru 6.191 333 Sorocaba 64.928 320 São José do Rio Preto 1.167 637 Presidente Prudente 1.230 312

FATORES CLIMÁTICOS

Com a chegada da primavera, a variação entre manhãs frias e tardes quentes tem contribuído para o enfraquecimento do sistema imunológico da população, segundo o médico infectologista. Essas condições climáticas, somadas ao aumento da circulação de vírus respiratórios e gastrointestinais, elevam o risco de surtos e sobrecarregam os atendimentos nos hospitais.

RECOMENDAÇÕES MÉDICAS

O infectologista reforça que a automedicação deve ser evitada e que o atendimento médico deve ser procurado ao primeiro sinal de sintomas. Entre as orientações para prevenir a contaminação e conter a transmissão das viroses, estão: lavar as mãos frequentemente, evitar locais fechados e aglomerados, manter os alimentos refrigerados e bem cozidos, beber sempre água filtrada, reforçar a hidratação em casos de diarreia e manter a vacinação contra a influenza em dia. A Secretaria de Estado da Saúde também reforça cuidados específicos para o período de calor, como evitar alimentos de origem duvidosa e não entrar na água de praias classificadas como impróprias pela Cetesb.

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