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Bacia do Meia Ponte está prestes a entrar em situação de alerta

O armazenamento de água da Bacia do Meia Ponte começou a baixar e está prestes a entrar no nível de alerta. A categoria é a primeira de seis que ameaçam o abastecimento da população, principalmente da de Goiânia e Região Metropolitana. Em apenas 17 dias sem chuvas no Alto Meia Ponte, responsável pela captação, o volume já apresenta diminuição.

De acordo com o monitoramento da Segurança Hídrica no estado realizado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a vazão média diária estava em 12,4 mil litros por segundo na última quarta (01). O número está levemente acima do nível de atenção, quando o escoamento fica  menor ou igual a 12 mil litros por segundo.

O índice ainda não coloca em risco o abastecimento porque os reservatórios continuam liberando água nos níveis necessários para a região. Os demais níveis de segurança são em ordem crescente de risco: atenção, alerta, crítico 1, crítico 2, crítico 3 e crítico 4. 

A situação hídrica da bacia vem piorando nos últimos anos, agravada por questões climáticas, e pondo em risco condições ambientais, a sociedade e as atividades que dependem das águas.

O gerente do Cimehgo, André Amorim, alerta que a estiagem deve se prolongar por cerca de cinco meses. “Maio inaugura nosso período de estiagem, que vai até meados de outubro. Apesar disso, em setembro é possível a ocorrência de chuvas no centro sul do estado”, destaca.

Embora o racionamento seja uma possibilidade remota, a orientação das prefeituras é evitar o desperdício de água. Medidas simples como reduzir o tempo no banho, fechar a torneira ao escovar os dentes e varrer em vez de lavar calçadas são medidas simples que podem impactar na conta de energia elétrica.

Somente no ano passado, a energia consumida pelos brasileiros teve 62% do total originada em hidrelétricas. Ou seja, quanto menos água nos reservatórios, menor a capacidade geradora de energia e maior utilização de termelétricas, que têm custo mais elevado. Há sete anos, as bandeiras tarifárias fazem parte da rotina da população para alterar o preço da energia conforme a existência e intensidade de escassez de chuvas.

Bom desempenho

O desperdício em Goiás é o menor entre os estados brasileiros e Goiânia tem o mais reduzido índice de desperdício, com 18%, de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil. A meta estabelecida pelo marco legal de saneamento brasileiro é que o Brasil reduza a taxa para 25% até 2033. A média nacional no levantamento mais recente, de 2020, foi de 40%.

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