O Banco Central do Brasil fará a devolução de créditos esquecidos pela população em mais uma etapa. O processo, dividido em fases, já está com a segunda fase de devolução do dinheiro agendada. Agora, sete novos tipos de categorias serão analisadas.

Nesta etapa etapa cerca de R$ 4 bilhões serão devolvidos a 26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas. Ao todo, especula-se que o montante total de R$ 8 bilhões entrarão no pacote de devolução.

Quem vai receber?

Nessa fase, estão sendo devolvidos valores aos brasileiros de acordo com os seguintes motivos:

• Contas encerradas em bancos com saldo disponível (tanto conta corrente quanto conta poupança);
• Tarifas que foram cobradas indevidamente;
• Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente;
• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
• Recursos não sacados pelos brasileiros de grupos de consórcio que já se encerraram.

Tenho dinheiro a receber?

Confira se tem algum valor disponível para receber através do site e siga os passos:

• Acesse a plataforma: valoresareceber.bcb.gov.br;
• Em caso de pessoa física, informe seu CPF e data de nascimento;
• Em caso de pessoa jurídica, informe seu CNPJ e data de abertura da empresa.

Se na consulta aparecer a informação “Não há registros na base de valores a receber”, é porque ao menos nessa fase você não tem dinheiro para receber, mas fique atento às fases seguintes.

Já quem tem dinheiro a receber, verá uma mensagem pedindo um retorno no dia informado para conferir quais são os valores e solicitar o depósito, que será feito via Pix.

Caso tenha valores a receber, no momento da consulta você receberá a data e período para solicitar o resgate do saldo existente. As datas serão agendadas de acordo com o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa.

O agendamento foi uma forma encontrada pelo BC para evitar que o site saia do ar, como ocorreu em janeiro, quando o sistema de consulta foi lançado. Até agora, R$ 900 mil já foram resgatados.

Veja o calendário:

Segunda fase da devolução

A segunda fase de devolução dos valores esquecidos, acontecerá após o encerramento do pagamento da primeira. Para quem não possui direito a valores na primeira etapa poderá ter na segunda. Assim como quem também teve direito na primeira etapa pode ter na segunda. Por isso, fique atento!

Saiba as situações em que os brasileiros podem receber dinheiro na segunda fase:

• Tarifas cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
• Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, também não previstas;
• Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
• Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo;
• Entidades em liquidação extrajudicial;
• FGC (Fundo Garantidor de Créditos);
• FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito).

Os dois últimos itens da lista são voltados para determinados investimentos e funcionam como um seguro caso o banco ou cooperativa de crédito venha a quebrar.

Cuidado com golpes

Criminosos têm utilizado site falso de consulta sobre dinheiro esquecido para aplicar golpes no WhatsApp. Com isso, eles roubam dados, convencem vítimas a enviar dinheiros, etc. Para evitar os crimes e alertar a população, o BC faz alguns alertas.

• O único site para consulta ao dinheiro esquecido e para solicitação de valores é valoresareceber.bcb.gov.br.
• O Banco Central não envia links e não entra em contato com o cidadão para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais. Ninguém está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber.
• A pessoa não deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.
• O cidadão não deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores
• Apenas após acessar o sistema e somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix para a transferência é que pode haver algum contato da instituição financeira para tratar do repasse dos valores. Não há nenhum tipo de cobrança envolvida para o cidadão e mesmo nesse caso específico, não há razão para informar dados pessoais ou senhas.