Banco de Leite Humano precisa de doadoras

Banco de Leite Humano precisa de doadoras

No mês dedicado à sensibilização sobre a prematuridade, o Banco de Leite Humano (BLH) do  Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu), faz um apelo às mães que estejam amamentando para doar o leite excedente.

A unidade está com um estoque baixo de leite em seus refrigeradores, apenas 200 litros.  Para garantir com segurança, a alimentação de bebês recém-nascidos prematuros, ou que precisam ganhar peso, internados na unidade de saúde em Goiânia, seriam necessários cerca de 350 a 400 litros.

BANCO DE LEITE

O leite materno é o alimento mais completo para o bebê. Rico em água, proteínas, lipídios, glicídios, vitaminas e minerais. Já está comprovado que bebês prematuros que se alimentam de leite humano, num período de privação da amamentação em suas mães, possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável.

A coordenadora do BLH, Renata Leles, faz um apelo às mães que estejam amamentando que se tornem doadoras e contribuam para aumentar o estoque do Banco de Leite da unidade.

“Quem estiver com excedente de leite e puder doar que nos procure. Precisamos aumentar o estoque, devido à grande demanda de recém-nascidos prematuros, com baixo peso ou que por algum motivo ainda não estão aptos a serem amamentados diretamente no seio materno, internados na unidade. Não precisa nem sair de casa, nós buscamos esse leite”, ressalta a coordenadora.

Para as doações, as mães precisam seguir algumas exigências como apresentar exame de pré-natal que comprove ausência de doenças infecto-contagiosas, não podem ser fumantes, usuárias de drogas ou de bebidas alcoólicas.

Além disso, a doadora não pode ter recebido sangue nos últimos seis meses, e não pode fazer uso de medicamentos que contenham restrições à amamentação e consequentemente à doação.

As mães interessadas em doar podem enviar mensagem para o número (62) 3956-2921 e solicitar a coleta em domicílio.

DOAÇÃO DE LEITE

A unidade é abastecida com doações de mães com excedente de leite, que podem armazenar o produto em casa. Para coletar o material, o BLH conta com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, que disponibiliza um veículo e profissionais de apoio.

As profissionais vão até as residências das doadoras e, além de coletar o leite, fazem um trabalho de orientação às mães.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp