A partir deste domingo (1), as novas regras do cheque especial, anunciadas em abril, entram em vigor. As medidas que foram tomadas pelos próprios bancos, tem o objetivo de reduzir o índice de inadimplência nessa modalidade e, assim, conseguir uma redução nos juros.
O cheque especial é um valor liberado pelo banco para o cliente que fica no negativo. Em vez de bloquear a conta que fica no vermelho, o banco concede um limite a mais para cobrir essas despesas. Nestas novas regras, os bancos deverão avisar automaticamente quando o cliente utilizar o cheque especial e ficar negativado na conta corrente.
Para os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta ao longo de um mês, o banco entrará em contato para oferecer espontaneamente alternativas de crédito mais baratas, a fim de possibilitar o financiamento da dívida. Caso o consumidor não aceite a oferta fornecida e permaneça utilizando o produto, a instituição financeira voltará a fazer a mesma proposta 30 dias depois.
Alternativas ao cheque especial também deverão ser disponibilizadas aos seus usuários a qualquer momento e independentemente do valor utilizado. Basta que os clientes entrem em contato com o banco e perguntem sobre opções mais vantajosas para o pagamento do saldo devedor.
Apesar de tentar conseguir reduzir os juros – que atingiram média de 321% ao ano em abril, o cheque especial traz, porém, o risco de que o cliente opte pelo financiamento da dívida, mas, no mês seguinte, retorne para a modalidade inicial de crédito. Se isso acontecer, ele deixará de ter uma única dívida para trocá-la por duas e, talvez, futuramente, por mais.