Última atualização 27/03/2024 | 15:28
Após dedicar anos ao combate ao Aedes aegypti, o principal vetor da dengue, um biólogo do litoral paulista se sentiu tão impactado por suas pesquisas que optou por tatuar o mosquito em seu braço. Fábio Lopes Corrêa da Silva, residente de São Vicente, localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista em São Paulo, estuda o ciclo de vida do mosquito desde 1996 e fazer a tatuagem há quatro anos.
“Fico feliz em receber esta espécie de homenagem por um trabalho desenvolvido por metade de minha vida”, compartilhou ele em postagem nas redes sociais após a repercussão do caso.
Em entrevista ao G1, o biólogo enfatiza a necessidade de esforços coletivos para reduzir a quantidade de mosquitos Aedes aegypti no Brasil e controlar a dengue. Ele reconhece que, atualmente, não existem meios eficazes para erradicar a espécie. O número de casos explodiu neste ano.
“Hoje, é impossível a gente retirar o mosquito do território nacional. Não tem mais como erradicar o Aedes aegypti do Brasil. Ele veio para ficar”, afirma.
Sobre a tatuagem, ele compartilha que, apesar de ser uma lembrança constante do mosquito, para ele, representa também uma parceria. “Na verdade, para mim é um parceiro. Metade da minha vida foi lidando com esse mosquito”, conclui.