Vídeo: Bolsonarista viraliza na internet por implorar socorro de Forças Armadas em porta de quartel 

Um vídeo em circulação na internet mostra um bolsonarista implorando ajuda das Forças Armadas. Vestido com uma camiseta do Brasil, ele grita por socorro na porta do  Grupamento de Engenharia do Exército brasileiro em João Pessoa, na Paraíba. Desde o resultado das urnas para presidente, em 30 de outubro, apoiadores de Jair Bolsonaro pedem intervenção militar por discordarem da eleição de Luís Inácio Lula da Silva (PT).

“Socorro, nos ajudem! Os meus filhos, a minha família, a nação brasileira precisa de vocês. Socorro, Exército brasileito, Forças Armadas! Socorro! Socorro, nos ajudem! Socorro, socorro! O Brasil precisa de vocês! A Nação brasileira precisa de vocês! Socorro! Socorro” Vocês são nossa esperança, a esperança de um País, de uma Nação!”, pediu aos gritos.

Na semana passada, as Forças Armadas divulgaram nota condenando excessos dos manifestantes em todo o País, que bloquearam pistas e rodovias. “São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”, publicaram.

A apologia à ditadura militar, é crime previsto na Lei de Segurança Nacional, na Lei dos Crimes de Responsabilidade e no próprio Código Penal. Além disso, incitar a animosidade das Forças Armadas contra as instituições também é inconstitucional.

De acordo com a legislação, as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Os brasileiros escolheram Lula como o próximo presidente do País para mandato entre 2023 e 2026 há cerca de duas semanas. Ele derrotou o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), por 50,8% a 49,2% dos votos.

Vídeo: 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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