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Bolsonaristas são multados por infringir lei durante recepção a Jair em aeroporto

Última atualização 07/04/2023 | 10:28

Os bolsonaristas que desrespeitaram leis de trânsito para recepcionar o ex-presidente Jair no aeroporto internacional de Brasília em 30 de março foram notificados pelas autoridades locais. A chegada do político ao País após três meses nos Estados Unidos exigiu um esquema de segurança para não repetir os atos antidemocráticos de 8 de janeiro deste ano. Na operação, os agentes identificaram as infrações. 

 

Parte dos apoiadores estacionou os veículos na lateral da pista de saída do aeroporto, o que causou lentidão no trânsito das imediações. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) multaram 107 motoristas e rebocaram 19 carros ao depósito da instituição. Parte da estratégia era facilitar o fluxo na região e no terminal aeroportuário para evitar confusão.

 

A expectativa do público era a de que Bolsonaro aparecesse e os cumprimentasse, mas a Polícia Federal (PF) impediu por medida de segurança. Ele desembarcou, saiu por uma porta alternativa do aeroporto e seguiu para a sede do Partido Liberal (PL), ao qual é filiado, onde recebeu uma festa de recepção. O ex-presidente surgiu rapidamente em uma janela do prédio e acenou aos poucos eleitores que estavam na parte externa do local. 

Presente das Arábias

No dia anterior ao comparecimento ao local, a defesa de Bolsonaro informou ter devolvido a terceira caixa de joias recebida da Arábia Saudita em 2019. Os objetos avaliados em R$ 500 mil foram entregues à Caixa Econômica Federal. A decisão atendeu a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Estimada em R$ 16,5 milhões, a primeira caixa, com colar, anel, par de brincos e relógio de diamantes, foi retida pela Receita Federal, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos em 2021. Os artigos estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que retornava de uma viagem à Arábia Saudita. 

Na ocasião, o assessor e o ministro não declararam os objetos na Alfândega, conforme prevê a legislação. Albuquerque disse, à época, que as joias eram um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.