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Bolsonaro admite que gás de cozinha está caro e volta a culpar governadores

Em conversa com apoiadores nesta terça-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que o preço do gás de cozinha, está elevado. Nos últimos dias Bolsonaro vinha dizendo que tanto a gasolina quanto o gás de cozinha estão baratos na origem. “O preço do gás não está caro. Está R$45 na origem”, declarou o presidente no início de agosto.

Após receber críticas pelas declarações, Bolsonaro passou a admitir que o valor está elevado, mas voltou a cobrar de governadores a redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido pelos estados.

“A questão do gás de cozinha: está caro R$130? Está caro, mas zeramos o imposto federal do gás de cozinha. Tá na ordem de R$50 o botijão lá onde ele é envasado, engarrafado. Por que chega a R$130 na ponta da linha? É o frete, é a margem de lucro do revendedor e ICMS”, disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

O gás de cozinha tem sido vendido a mais de R$100 em algumas regiões do país, o que tem feito com que familiares de baixa renda voltem a utilizar fogões a lenha. O aumento do gás de cozinha também afeta a popularidade do presidente. O último reajuste no gás de cozinha ocorreu em 14 de junho de 2021, o aumento foi de 5,9%. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio praticado na venda do GPL (13 kg) é de R$85. A pesquisa foi feita entre os dias 15 e 21 de agosto.