Bolsonaro lança quatro novos decretos sobre armamento no Brasil

Bolsonaro lança quatro novos decretos sobre armamento no Brasil

Como havia prometido durante discurso na última semana, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, publicou em edição extra do Diário Oficial da União quatro novos decretos que alteram algumas normas da regulamentação de armas no Brasil.

Em suas redes sociais, ao anunciar as medidas, o presidente escreveu: “Em 2005, via referendo, o povo decidiu pelo direito às armas e pela legítima defesa.” E depois, deixou disponível os link para cada um dos documentos, que você confere aqui: decreto 1, decreto 2, decreto 3 e decreto 4.

Por meio da Lei de Acesso à informação, o jornal O Globo adquiriu, junto ao Exército e à Polícia Federal, os dados de que o Brasil tem, atualmente, 1,15 milhão de armas legais a mais do que em dezembro de 2018, antes de Bolsonaro assumir a presidência. Os números representam um aumento de 65%.

As regras novas flexibilizam os limites para estoque de armas e cartuchos para pessoas com devidas autorizações legais. Por exemplo, que as pessoas autorizadas possam ter até seis armas, em não quatro, como vigorava anteriormente. O presidente alterou também a quantidade de munição para recarga de cartuchos utilizada por desportistas, bem como definiu regras para atividades recreativas.

O cidadão com porte de armas pode andar agora com duas simultaneamente, o que antes só era permitido com a arma especificada no documento do porte. As novas regras devem começar a valer em 60 dias.

Imagem: Alan Santos/PR/Flickr

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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