Braço direito de padre Robson teria participado da lavagem de dinheiro

Braço direito de padre Robson teria participado da lavagem de dinheiro

A investigação sobre as “transações atípicas” da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Goiás, mostram que há possibilidade de que uma funcionária, considerada braço direito do padre Robson de Oliveira, fundador e até então gestor da entidade que teria sido utilizada para lavagem de dinheiro.

A ex-conselheira fiscal da Afipe, Celestina Celis Bueno, de 59 anos, teria ingressado no Santuário da Basílica do Divino Pai Eterno como doméstica, porém se tornou próxima do padre Robson, e se tornou uma das sócias da cadeia de empresas de comunicação da Associação Filhos do Pai Eterno.

De acordo com os documentos levantados pelo Ministério Público, Celestina era sócia da Rede Demais Comunicação Ltda. Ela entrou na empresa no dia 25 de agosto de 2014, e em 30 de novembro de 2018 saiu da sociedade.

Em 18 de abril de 2016, Celestina efetuou um depósito no valor de R$2.718.331,09 em favor da empresa e a Rede Demais, em 29 de julho de 2016, recebeu um depósito de R$2.071.050,00.

Segundo levantamento dos promotores no período de 1° de abril de 2016 a 27 de outubro de 2016, a conta da empresa Rede Demais Comunicação movimentou R$9.302.114, sendo R$ 5.309.130 a crédito. Nesta movimentação estava o depósito de Celestina no valor de R$ 2.718.331,09, assim como o da Afipe no importe de R$2.071.050.

Apesar de Celestina ter deixado a Rede Demais em 30 de novembro de 2018, não constam nas informações bancárias nenhum pagamento relacionado à venda de suas cotas. O Ministério Público aponta o levantamento que apesar de suas movimentações milionárias naquele período, nos outros meses a conta da funcionária registrava em média R$ 1,8 mil de débitos.

Na análise dos dados bancários, foi constatado cinco transações imobiliárias, realizadas com a Afipe, no dia 7 de julho de 2016, no valor total de R$2.589.570. Estando inclusa a compra e venda da casa na praia de Guarajuba, na Bahia.

 

Veja mais:

Exclusivo: boatos de casos amorosos do Padre Robson eram comuns em Trindade

Entidade fundada por padre Robson comprou mais de 50 fazendas

Vídeo: Polícia faz buscas na casa do padre Robson

 

Vídeo: meme do Padre Robson circula na internet

 

Urgente: MP pediu prisão de Padre Robson

 

Padre Robson comprou até casa de praia com a Afip, diz MP

 

Hacker que extorquiu Padre Robson relatou ter um romance com ele, aponta decisão

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos