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Brasileira desaparecida após ataque a Israel é encontrada morta, diz família 

Última atualização 10/10/2023 | 14:17

A família da brasileira Bruna Valeanu, que estava desaparecida em Israel desde o último sábado, 07, confirmou a morte da jovem na manhã desta terça-feira, 10. A estudante estava na rave Universo Paralello que foi atacada pelo grupo Hamas, deixando ao menos 260 mortos. 

A irmã mais velha de Bruna, Florica, que também vive em Israel, relatou que recebeu a notícia através do exército israelense. O enterro está previsto para a noite desta terça (tarde no Brasil).

“Minha mãe teve um pressentimento nesse dia, ela não sabia que a festa seria perto de Gaza. Minha mãe falou: ‘Bruna, não vai na festa’. Minha mãe teve esse pressentimento”, contou Florica.

A jovem vivia em Israel havia oito anos, e estudava comunicação e marketing. Lá também moram a mãe e Florica. Outra irmã, Nathalia, permaneceu no Rio de Janeiro. Das três, Bruna era a que mais sabia falar hebraico, o idioma foi mais uma dificuldade na busca de informações.

De acordo com o órgão Itamaraty, também foi confirmado a morte do gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e mais uma brasileira segue desaparecida por meio dos conflitos, Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.

Itamaraty confirma morte de brasileiro desaparecido em Israel

O brasileiro Ranani Nidejelshi Glazer foi encontrado morto em Israel após ataques do grupo terrorista Hamas. A morte foi confirmada na manhã desta terça-feira, 10, pelo Itamaraty. Em nota, o órgão lamentou a morte e afirmou que repudia os atos de violência que ocorrem no país desde sábado, 7.

“O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.”, diz a publicação.

Israel x Hamas

Os conflitos entre o país israelita e o grupo islâmico da Palestina começaram no último sábado, 7, após Hamas lançar foguetes contra cidades de Israel localizadas na Faixa do Gaza. As invasões ocorreram também entre terra, ar e mar, e foi preciso declarar estado de guerra no país devido aos ataques e sequestros de israelenses, levados como reféns para Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 123 mil pessoas foram internamente deslocadas dentro da Faixa de Gaza e algumas regiões registraram escassez de alimentos. As últimas informações apontam que ao menos 1.120 pessoas morreram, e outras milhares ficaram feridas.

Os conflitos na região existem há décadas e já resultou em milhares de mortes. A disputa ocorre desde 1948, quando Israel foi reconhecido como um Estado e os Hamas passaram a disputar parte do território na região. Diversos acordos que estabelecem a paz na região tentaram ser realizado, mas nenhum deles teve sucesso.

A maioria das disputas ocorrem na Faixa do Gaza, um território palestino localizando em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito e banhado pelo Mar Mediterrâneo. A região é liderada pelo Hamas desde 2007, sendo marcada pela pobreza e superlotação. São mais de 2 milhões de habitantes morando em um território de 41 km de comprimento e 10 km de largura.