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Brasileiro que estava em rave relata que foi perseguido pelo grupo Hamas

Última atualização 09/10/2023 | 16:48

Um brasileiro que estava no festival de música eletrônica, Universo Paralello, que foi atacado pelo grupo Hamas, próximo da fronteira sul com a faixa de Gaza, teve o carro atacado por tiros e bombas ao tentar fugir do local.

Rafael Birman informou que, após uma tentativa de fuga da região em um carro, parou próximo de uma das entradas da faixa de Gaza com quatro amigos. Na ocasião, eles foram atacados a tiros por integrantes do Hamas e tiveram uma bomba explodida ao seu lado. O brasileiro não ficou ferido, mas perdeu a audição por alguns minutos.

Ainda de acordo com Birman, ele conheceu os dois brasileiros que estão desaparecidos e também estavam pela região. De acordo com o jovem, há relatos de que um poderia estar em um hospital e outro poderia ter sido sequestrado. Mesmo assim, as informações ainda não foram confirmadas oficialmente pelo Itamaraty.

Birman relatou momentos de grande tensão durante a tentativa de fuga. Ele descreveu ainda que, ao tentar escapar de carro, foram interceptados por soldados israelenses, que os direcionaram para outra região. Nesse novo local, acabaram se aproximando de uma das entradas da Faixa de Gaza. Após serem atacados, fizeram uma tentativa desesperada de fuga, e o brasileiro chegou a enviar um áudio para sua mãe, temendo pela própria vida.

Junto dos amigos, o brasileiro chegou a encontrar um bunker, mas já estava lotado, então eles tiveram que permanecer ali por aproximadamente 40 minutos. Durante esse período, viram carros destruídos, alguns em chamas, e muitos corpos nas proximidades. Algumas horas depois, conseguiram encontrar abrigo temporário antes de retomar em direção à cidade de Tel Aviv.

Devido aos momentos aterrorizantes que vivenciaram, Rafael Birman, que mora com a família, compartilha que todos estão tomados pelo medo e considerando a possibilidade de retornar ao Brasil. Ele destaca que já tinha presenciado algumas situações delicadas, como explosões no céu, mas nada se compara ao que vivenciou agora. “Infelizmente, esse tipo de evento é recorrente nesta região”, concluiu.